MEU NOME NÃO É DORY

O salmão Oncorhynchus nerka, do Pacífico, tem ótimo olfato —é como se um ser humano conseguisse sentir o cheiro de cinco colheres de chá diluídas numa piscina olímpica

O bagre Ictalurus punctatus, da América do Norte, tem 680 mil papilas gustativas espalhadas pelo corpo, ou seja, cem vezes mais do que as presentes na boca humana

Sim, peixes usam ferramentas. Membros do gênero Choerodon pegam mariscos com a boca, levam-nos até uma pedra que serve como “bigorna” e batem na concha com a cabeça até quebrá-la

Os salmões-do-atlântico (Salmo salar) só aprendem a ter medo das lontras, seus predadores naturais, se sentirem cheiro de salmão nas fezes delas. Do contrário, não se preocupam com a presença delas

Peixes estressados ficam mais tranquilos quando recebem drogas humanas para depressão e ansiedade. Eles também procuram mais a ajuda de peixes limpadores, que retiram parasitas de seus “clientes”, mas parecem funcionar como uma massagem relaxante

Salmões usam uma combinação sofisticada de “bússola interna” (células que detectam o campo magnético da Terra), olfato e talvez visão para retornar aos rios onde nasceram depois de passar anos vivendo no mar

Os peixes limpadores precisam lidar com cerca de 150 “clientes” por dia. Por isso, são capazes de reconhecer cada um deles. Se o “cliente” o visita com frequência, o peixe limpador tende a tratá-lo com mais cuidado, porque sabe que poderá sofrer retaliações da próxima vez
Ilustrações Carolina Daffara