COMO É NO MUNDO

Os diferentes sistemas de ensino profissionalizante

FINLÂNDIA


Após concluir o ensino elementar e médio básico, o estudante pode optar entre o ensino “médio superior” e o vocacional (técnico). Ambos incluem disciplinas de conhecimentos gerais e matérias optativas e duram cerca de três anos. O sistema modular flexível permite combinar aulas em instituições de ensino geral (voltado para a vida acadêmica) e do profissionalizante. Créditos dos cursos técnicos são reconhecidos se o estudante seguir a formação no nível superior.


ALEMANHA


O sistema dual do modelo alemão combina aulas na escola com treinamento em empresas. As aulas teóricas na escola correspondem a cerca de 30% do total de horas-aula do curso, com duração média de dois anos. O aluno deve ter o certificado de conclusão do correspondente ao ensino médio para começar a formação técnica. As empresas custeiam a maior parte dos estudos e pagam aos alunos um salário correspondente a cerca de 1/3 do salário de um funcionário já treinado.


CINGAPURA


O país oferece cerca de cinco modelos diferentes de formação no ensino médio. Aos 15 anos, em média, o estudante escolhe ou é direcionado (de acordo com seu rendimento no ensino básico) à formação voltada ao mercado de trabalho ou carreira acadêmica. A diversidade de modelos, que inclui a língua em que será dado o curso (chinês ou malaio) dá oportunidade para uma maior parcela da população obter qualificação profissional.


ESTADOS UNIDOS


O sistema americano é complexo e fragmentado: os modelos variam muito em cada Estado da Federação e as próprias escolas podem criar seus modelos, já que a grade curricular é flexível. As empresas também podem criar programas de formação profissional dentro das escolas. Não há uma política nacional para o ensino técnico, mas a legislação federal apoia iniciativas das escolas e das empresas


BRASIL


O curso técnico é adicional ao ensino médio regular. Pode ser feito de três formas: integrada, em que o estudante cursa o médio regular de manhã e o técnico à tarde, na mesma instituição; concomitante, onde os dois tipos de curso de nível médio são feitos em instituições diferentes; e subsequente, quando o aluno cursa o técnico após concluir o médio.


Fontes: Hans Wagner (Colégio Humboldt); João Cardoso Palma Filho (Unesp) e Simon Schwartzman (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade)