Copa de dados
Com as 32 seleções definidas para a Copa do Mundo da Rússia, Folha mapeia fluxo de participantes do principal torneio de futebol. Veja quem mais esteve no Mundial, dados detalhados sobre desempenho e a representatividade dos continentes no torneio. E se a Copa fosse definida por outros critérios que não o desempenho desportivo? Quais países venceriam a competição por população, área, Índice de Desenvolvimento Humano e PIB?
Classificados
Mundial da Rússia terá 7 dos 8 campeões mundiais. Só a Itália falhou. Panamá e Islândia estreiam no torneio.
Quando aumentou o número de seleções para 32, no Mundial de 1998, a Fifa previa incentivar a renovação de participantes no seu principal torneio. A taxa de novidades em relação às Copas anteriores diminuiu desde então.
NovidadesDoze países que não disputaram a Copa de 2014, no Brasil, estarão na Rússia, em 2018. Uma renovação de 37,5%. Islândia e Panamá vão para sua primeira Copa do Mundo. Além deles, voltam ao Mundial Arábia Saudita, Peru, Dinamarca, Sérvia, Suécia, Polônia, Egito, Marrocos, Senegal e Tunísia. A Europa, com cinco mudanças entre seus classificados, foi a que mais contribuiu para a renovação, seguida pela África, com quatro.
Mapa de presença
Ao todo, 77 seleções já disputaram a Copa. Com a chegada de Islândia e Panamá, a lista vai subir para 79. Alguns desses países já deixaram de existir, como a Alemanha Oriental, que desafiou seus vizinhos do Ocidente em 1974. Outras nações europeias se dissolveram, como União Soviética, Iugoslávia e Tchecoslováquia, mas seus resultados são carregados, respectivamente, por Rússia, Sérvia e República Tcheca, assim como a Indonésia mantém o registro das Índias Holandesas na Copa de 1938.
Campeões de participação
Não houve conflito armado, tempo de navegação ou rixas entre cariocas e paulistas que tenham tirado a seleção brasileira de uma Copa. Na Rússia-2018, vai jogar o torneio pela 21ª vez. Na Europa, Alemanha vai para a 19ª. Pela América do Norte, o México chega a seu 16º Mundial. A Ásia tem a Coreia do Sul (que vai à 10ª) e a África, Nigéria (7ª, se igualando a Camarões) como recordistas
PerformanceSobreposição da performance de todas as seleções que já disputaram a Copa do mundo desde sua primeira edição em 1930.
Brasil: A única seleção que disputou todas as edições da Copa, acumulando 70 vitórias –também um recorde– em 104 jogos. Adversário de sua primeira final, a Suécia é a que mais enfrentou o Brasil pelo torneio (7 vezes)
Alemanha: Ao lado da Itália, é o 2º país com mais participações (18). Supera o Brasil em número de jogos (106 x 104) e gols (224 x 221). Não se inscreveu para a 1ª Copa, em 1930, e foi banida da edição de 1950
México: Na América do Norte são os mexicanos que mandam. O problema é que, em suas 15 Copas, a seleção só avançou às quartas nas duas vezes em que foi anfitrião (1970 e 1986)
Bélgica: Excluindo as equipes europeias campeãs mundiais, a seleção belga é a representante do continente com mais participações, 12, apenas duas a menos que França e Inglaterra e duas a mais que a Espanha
Portugal: Atuais campeões europeus, os portugueses vão disputar o quinto Mundial seguido – foram a todos desde 1998 -, sendo o quarto já com Cristiano Ronaldo como destaque
Argentina: Desistiu de jogar em 1938, 1950 e 1954 e não se classificou para 1970. Tem o 3º melhor ataque da história, com 131 gols, atrás de Alemanha e Brasil. Vice em 2014, segue pressionada sem grande título desde 1993
Inglaterra: Os ingleses simplesmente se recusaram a disputar as três primeiras Copas e só estrearam no Brasil-1950, passando vexame ao perder para os EUA. Sua seleção não ganha nada desde a Copa em que foi anfitriã, em 1966
Itália: Até passar um vexame em casa contra a Suécia e ser eliminada, a Itália só havia falhado em se classificar para a Copa de 1958. Ficou fora do Uruguai-1930 por opção. Tem 83 jogos no geral, abaixo só de Alemanha e Brasil
Coreia do Sul: Vai para sua décima Copa, sendo que a nona de modo consecutivo. Não perde uma desde a Espanha-1982. Com 31 jogos pelos Mundiais, tem 14 a mais que o Japão, segundo do continente
Representatividade dos continentes
Das 19 Copas disputadas, nove foram vencidas por sul-americanos (5 para o Brasil e 2 para Argentina e Uruguai). É uma façanha, considerando um eurocentrismo evidente nas tabelas abaixo
Participações por continenteSozinha, a Europa supera as cinco demais regiões
Gols por continenteCom a artilharia de Brasil e Argentina, a América do Sul ganha espaço
Países participantes por continenteAs regiões menos tradicionais ganham em diversidade de seleções classificadas
E se a colocação da copa de 2018 fosse definida por...
População em milhõesCom estimativa de 350 mil habitantes, a Islândia é o país menos populoso a jogar a Copa. Para comparar, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há no Brasil 42 municípios com mais de 500 mil habitantes
Área em mil km²Em seu extenso território, a Rússia terá 11 sedes para a próxima Copa. São Petersburgo, localizada ao Norte, na costa do mar Báltico, está a mais de 1.900 quilômetros de Sochi, à beira do mar Negro
IDHO Índice de Desenvolvimento Humano é definido pela combinação de expectativa de vida, educação e renda per capita dos países, servindo como indicativo do progresso dessas nações. Na Copa, os cinco classificados africanos são os cinco últimos da tabela
PIB em bilhões de US$O Produto Interno Bruto é um indicador de potencial econômico, com a soma de valores de bens e serviços. EUA e China têm os maiores PIBs mundiais e estão fora da Copa
Números das copas
2.369
gols feitos em todas as Copas
833
jogos disputados
70
Foi o menor número de gols feitos em edição do torneio (Uruguai-1930 e Itália-1934)
171
Foi o maior número de gols marcados em um Mundial (França-1998 e Brasil-2014)
13gols
É o recorde de artilharia em uma edição da Copa, atingido pelo francêsJust Fontaine (Suécia-1958)
117gols
Ninguém levou tantos gols como a Alemanha na soma de todas as Copas
222gols
Os alemães são também os que mais marcaram
67% de vitórias
Nínguem venceu tanto quanto o Brasil
Edição de Texto: Paulo Passos e Tiago Ribas / Textos: Giancarlo Giampietro, Paulo Passos e Tiago Ribas / Edição de arte: Adriana Caccese de Mattos, Kleber Bonjoan e Thea Severino / Infográfia: Thiago Almeida / Design e desenvolvimento: Thiago Almeida, Gustavo Quirolo, Rubens Fernando Alencar, Pilker e Angelo Dias