No dia 13, homens armados atacaram diversos lugares em Paris, a capital da França. Teve ataque contra restaurante, contra casa de espetáculos. 130 pessoas morreram.
clóvis rossi
Quando a polícia francesa atacou um apartamento num subúrbio de Paris, em busca de terroristas suspeitos de terem participado dos atentados do dia 13 na cidade, um dos moradores perguntou aos policiais: “São gângsters ou do Estado Islâmico?”
Para entender o que houve em Paris (ou em outros atentados em outros lugares), a resposta não tem importância: terroristas são bandidos, e bandidos comuns são terroristas.
Pense um pouquinho: há, realmente, uma diferença importante entre as cenas de violência vistas em Paris e as que vemos quase todos os dias em São Paulo e outras grandes cidades?
A única diferença está em uma suposta —e absurda— justificativa religiosa para os atentados terroristas. Não se pode nem se deve culpar o islamismo pelos atos violentos que alguns de seus adeptos praticam.
O terrorismo e a violência nas ruas brasileiras têm um ponto em comum indiscutível: não há respeito à vida. É por isso que se deveria, desde a escola maternal, cultivar uma mensagem de paz, de tolerância, de não discriminação.
O marido de uma das vítimas de Paris, Antoine Leiris, publicou no Facebook uma carta aos terroristas que traz essa mensagem: “Não vou lhes dar o presente de odiá-los. Responder ao ódio com cólera seria ceder à mesma ignorância que fez de vocês o que são”. Não vamos ceder, portanto.
colUnista da folha
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Por diogo bercito
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Os atentados terroristas em Paris e a violência nas ruas do Brasil são casos de desrespeito à vida, mas nós não devemos ceder à mesma ignorância
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