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Linha fina Cartola la la la

Introdução porque estamos dando tudo isso do cartola lindo

Ouça as músicas

Ocupação Cartola

A exposição no Itaú Cultural vai mostrar além do conhecido sambista, trará o poeta e intelectual. Manuscrito em que ele conta como surgiu a inspiração para escrever As Rosas Não Falam. Abre no dia 17/9.

Manuscrito: passe o mouse para ampliar

Musical Cartola

Estreia no dia 10 o "Musical Cartola - o Mundo É um Moinho", com Flavio Bauraqui ("Faroeste Cabloco") e direção de Roberto Lage. No teatro Sérgio Cardoso.

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Caixa reúne discos clássicos de Cartola

Box Cartola

Faz muito tempo que as 24 faixas dos primeiros discos solo de Angenor de Oliveira, o Cartola (1908-1980), estão disponíveis na internet. E isto não reduz em nada a importância do novo relançamento deles em CD.

Ouvir o “Cartola” de 1974 e o de 1976 significa, para quem não viveu a era dos LPs, desfrutar da experiência de escutar belas canções encadeadas com maestria. Seleção aleatória de músicas é para os fracos.

Os CDs ainda vêm acompanhados, na caixinha “Todo Tempo que Eu Viver”, de um terceiro intitulado “Tempos Idos”, no qual gravações de selos diversos foram reunidas pelo jornalista Eduardo Magossi, também autor dos textos dos encartes.

Há dois pot-pourris extraídos de um disco de Elizeth Cardoso (1967) e do coletivo “Fala, Mangueira” (1968). E há a rara “Preconceito”, gravada por Cartola em 1970 para a coleção “História da Música Popular Brasileira”.

Mas o destaque vai para as quatro faixas voz-e-violão feitas para o projeto “100 Anos de Música Popular Brasileira” (1975) – a beleza de criações como “Acontece” e “Alvorada” reduzida ao sumo – e as três da série “História das Escolas de Samba” (1974), produzida por João Carlos Botezelli, o Pelão, para a gravadora Marcus Pereira.

A interpretação mais comovente é a da então chamada “Todo Tempo que Eu Viver”, depois consagrada como “Fiz por Você o que Pude”, espécie de adeus à Mangueira.

É fácil, hoje, espantar-se com Cartola já estar com 65 anos quando entrou num estúdio para realizar o primeiro trabalho exclusivamente seu. O mais incrível é que essa estreia poderia jamais ter acontecido não fosse o herói nacional Pelão, também responsável por LPs fundamentais de Nelson Cavaquinho e Adoniran Barbosa.

Como se sabe, ele se ajoelhou diante de Aluízio Falcão, diretor artística da pequena Marcus Pereira, pedindo para gravar um disco de Cartola. Falcão topou, mas Pereira resistiu. Ao ouvir o resultado, ainda disse que a cuíca de Mestre Marçal parecia um cachorro latindo. Pressionado, acabou por lançar o que se tornaria o acerto maior de seu catálogo impecável.

Em 1974, Cartola era um compositor respeitado, mas visto como figura do passado – seus primeiros sucessos são da década de 1930 – e com pouquíssimos registros na própria voz. Estava distante do cotidiano da Mangueira desde 1961, quando o seu “Tempos Idos” (parceria com Carlos Cachaça) foi derrotado por cinco a zero na escolha do samba com que a escola desfilaria no carnaval seguinte.

Mas Pelão selecionou com ele um repertório de primeira (“Disfarça e Chora”, “Tive Sim”, “O Sol Nascerá”, “Alegria” e outras) e o cercou dos músicos mais adequados: Dino, Meira, Canhoto, Jorginho do Pandeiro, Gilberto D’Ávila, Copinha, Luna, Marçal e Wilson Canegal. O resultado foi simples e perfeito.

Só no LP de 1976 apareceriam aquelas que se tornaram suas composições mais conhecidas: “As Rosas Não Falam” e “O Mundo É um Moinho”. Ainda entraram “Sala de Recepção”, “Peito Vazio”, “Cordas de Aço”...

Pelão já não estava, pois brigara de vez com Pereira. Coube ao jornalista Juarez Barroso o belo trabalho de produção, convidando músicos como o novato Guinga e os craques Abel Ferreira, Altamiro Carrilho, Nelsinho e Elton Medeiros, além de Airton Barbosa, dono do célebre fagote de “Preciso me Encontrar”.

Poucas coisas na música popular são mais bonitas do que esses dois discos.

TODO TEMPO QUE EU VIVER
ARTISTA: Cartola
GRAVADORA: Universal
QUANTO: R$ 69,90 (3 CDs)
COTAÇÃO: ótimo ★★★