Sebastião Salgado na Amazônia - Yawanawa

<b>Yawanawás</b> Um olho na tradição da floresta, outro conectado ao mundo, a comunidade yawanawá, do Acre, vive seu renascimento cultural e é referência em empreendedorismo &ndash;após ter sido dizimada e perseguida nos anos 1970

Projeto 'Amazônia' documenta a floresta e seus habitantes tradicionais

Projeto ‘Amazônia’ documenta a floresta e seus habitantes tradicionais

A expedição do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado às terras dos yawanawás, no Acre, faz parte de um grande projeto de documentação da floresta amazônica e de seus habitantes tradicionais.

O resultado desse trabalho – "Amazônia"– deverá ser apresentado em livro e exposições no Brasil e no exterior a partir de 2021.

A Folha acompanha algumas dessas expedições desde o ano passado. Antes da atual edição, dedicada à comunidade dos yawanawás, foram publicados cadernos especiais sobre os índios korubos (17.dez.2017), os ashaninkas (20.mai.2018) e os suruwahas (2.set.2018).

Mineiro de Aimorés, 74 anos, o fotógrafo é conhecido no mundo por seus trabalhos de documentação construídos ao longo de anos, como "Trabalhadores", "Êxodos" e "Gênesis", entre outros.

Economista de formação radicado na França durante a ditadura militar, Salgado começou a carreira nos anos 1970. Trabalhou em algumas grandes agências de imagens, como a prestigiosa Magnum, que foi fundada em 1947 por Robert Capa e Henri Cartier-Bresson. Desde os anos 1990, ele mantém sua própria agência, a Amazonas Images, que tem sede em Paris.

Reconhecido como um dos principais talentos da fotografia internacional, o brasileiro acumula prêmios no currículo desde a década de 1980 e tem obras suas em coleções e museus de todo o mundo.

Desde dezembro de 2017, Salgado ocupa uma cadeira na Academia Francesa de Belas Artes, maior reconhecimento do governo e da comunidade artística francesa a um criador que atue no país. É o primeiro brasileiro a ocupar essa posição no Institut de France, que reúne as cinco grandes academias francesas.

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