TERRA DE GIGANTES

Em integração com o entorno e com galerias na vertical, um Sesc no coração de SP e a torre de vidro do Instituto Moreira Salles, na Paulista, são os novos centros culturais da cidade

ims, o projeto

'Vão' no térreo e recepção elevada convidam visitantes a circular

A principal estratégia do projeto da nova sede do Instituto Moreira Salles em São Paulo foi transferir a tradicional recepção do térreo para o quinto andar, 15 metros acima do nível da avenida Paulista. O usuário que entra no edifício sobe imediatamente para esse espaço por meio de uma escada rolante.

Da recepção elevada, o público é distribuído para o auditório e a biblioteca de fotolivros, no andar de baixo, e para as salas de exposição, logo acima. No último andar do prédio, chamado de estúdio, serão dadas oficinas e cursos.

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Elevadores e escadas de incêndio foram posicionados em um volume de concreto que percorre de cima a baixo a face noroeste do prédio e sustenta a caixa d'água. A reserva técnica e o estacionamento estarão localizados nos dois andares de subsolo.

Exceto pelo volume de concreto, toda a estrutura foi construída com aço. Os arquitetos aproveitaram a flexibilidade do material para criar aberturas entre os diferentes espaços da obra.

A fachada foi revestida por vidro translúcido. De dentro para fora, revela um panorama desfocado da cidade. De fora para dentro, permite ver as silhuetas dos usuários em movimento, emoldurados pelos pilares e vigas de aço.

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O IMS optou por realizar uma concorrência fechada entre seis escritórios nacionais de arquitetura. Além dos vencedores Andrade Morettin, participaram do concurso spbr arquitetos, Arquitetos Associados, Bernardes Jacobsen, Studio MK27 e UNA Arquitetos.

A escolha foi feita por um júri presidido por Pedro Moreira Salles e composto por Karen Stein (editora, jurada do Prêmio Pritzker), Richard Koshalek (então diretor do museu Hirshhorn, de Washington, e membro do comitê que selecionou o projeto da Tate Modern de Londres), Jean-Louis Cohen (professor de história da arquitetura na New York University), Ricardo Legorreta (arquiteto mexicano morto em 2011, ex-jurado do prêmio Pritzker), André Corrêa do Lago (diplomata e crítico de arquitetura), Fernando Serapião (crítico de arquitetura e editor da revista Monolito) e Flávio Pinheiro (superintendente-executivo do IMS).