TERRA DE GIGANTES

Em integração com o entorno e com galerias na vertical, um Sesc no coração de SP e a torre de vidro do Instituto Moreira Salles, na Paulista, são os novos centros culturais da cidade

sesc, o projeto

Arquiteto pediu compra de edifício vizinho para abrigar parte técnica

Na década de 1990, o prédio que agora abriga o Sesc 24 de Maio era usado pela loja de departamentos Mesbla. A construção já havia sido ampliada anteriormente e possuía um fosso interno que ventilava os andares e iluminava a loja do térreo por meio de uma cúpula.

Os arquitetos decidiram então demolir as escadas e os banheiros existentes, além da cúpula central. O novo uso do edifício exigiria que essas funções fossem redimensionadas. As paredes que envolviam o prédio também foram retiradas.

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No espaço interno do prédio, em formato de "U", foram erguidos quatro pilares para sustentar uma piscina de 25x25 m acima da cobertura original do edifício. A área entre esses quatro pilares permitiu escavar o solo para construir um teatro de 245 lugares com entrada independente.

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Para reduzir o uso dos elevadores, os andares foram ligados por rampas. Uma grande parede de vidro permite a entrada de luz natural, o que torna a caminhada entre os andares mais agradável. O térreo terá aberturas para as duas ruas.

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O arquiteto do projeto, Paulo Mendes da Rocha, pediu ao Sesc que comprasse também um pequeno prédio vizinho: "O edifício maior será o nosso grande barco, mas o pequeno será o barquinho que conduzirá o barco ao porto".

Ali, uma torre com depósitos, vestiários e equipamentos liberou o edifício principal para uso quase que exclusivo dos usuários do Sesc.

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Durante a obra, os funcionários criaram um tripé de metal para sustentar mangueiras. Mendes da Rocha decidiu se inspirar na estrutura para desenhar os móveis da nova unidade.

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