Épico maior do pós-modernismo brasileiro, marcado por uma linguagem repleta de neologismos e arcaísmos, em que a oralidade inaugura novos enunciados, alçando a narrativa à uma dimensão poética do sagrado.

Romance histórico da diáspora negra do Brasil. Apresenta-se como contraponto ao apagamento da história do povo negro. Primeiro épico antiescravagista da literatura brasileira.

Obra fundamental para entender a formação étnica e cultural do Brasil.

Romance de linguagem singular e precursora do modernismo na literatura. Assim como o próprio autor, foi posto à margem pela oficialidade acadêmica. Aos olhos de hoje, trata-se de um dos maiores romances brasileiros de todos os tempos.

Rica análise do levante de escravizados mulçumanos ocorrido em Salvador em 1835. Pela sua dimensão política e caráter desafiador, a narrativa de João José Reis adquire fundamental relevância histórica como um dos movimentos mais importantes da resistência de escravizados nas Américas.

Através de um alto grau de originalidade, são apresentadas as relações entre forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. Publicado em 1977, provocou uma reviravolta na crítica machadiana. Visto em perspectiva histórica, conferiu feição nova ao ensaio literário.

Auto dramático da condição social precária do retirante nordestino e a indissociável relação com a finitude.

Conjunto de textos centrados na perspectiva ameríndia e que buscam refletir a cosmogonia indígena. Dessa aproximação, surge o 'perspectivismo', nos permitindo entender como os ameríndios veem os animais e a si mesmos. Os ensaios confirmam Eduardo Viveiros de Castro como um dos grandes pensadores brasileiros da atualidade.