Triste Fim de Policarpo Quaresma', romance que antecede o modernismo brasileiro, vai além: é uma anunciação desse movimento, de 1922. Linguagem, temática, desenho e enquadramento dos personagens, estudados sob forte rebeldia, transforma o romance em peça para se entender o país do pós-abolição e da República. O pano de fundo são temas caros ao nacionalismo: língua, defesa da terra, dilemas do povo, os indígenas. Lima moldou o anti-heroísmo de Quaresma, dom Quixote às avessas, para falar de um outro Brasil.

Úrsula', escrito por Maria Firmina dos Reis, inaugura não só o primeiro romance de autoria feminina no Brasil, mas uma narrativa onde personagens negros e negras têm voz e protagonismo preponderantes. Relevante na segunda fase do Romantismo brasileiro, contraponto a figuras masculinas e brancas, como a José de Alencar, Firmina desconstrói uma história etnocêntrica e branca. Primeiro romance abolicionista, é nosso 'romance negro', escrito por uma mulher negra, no século da escravidão.