7.000 vagas. 9.294 pessoas. Até 6 horas de espera em fila no vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. No balanço da Semana do Trabalho, Emprego e Renda, que termina nesta sexta, entraram 7.658 trabalhadores à procura de emprego; saíram pré-aprovados pelas empresas participantes 5.262.
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Vinicius Gabriel, 20

"A crise me pegou. Eu era operador de caixa, mas das seis franquias do mesmo dono, três já fecharam”, diz Vinicius, desempregado desde março e na fila desde às quatro da manhã. Morador da zona leste de São Paulo, afirma entregar currículos todos os dias, mas diz que a falta de experiência conta em tempos com poucas vagas.

Denilson Soares da Silva, 43

Mesmo os 20 anos de experiência como eletricista não garantem um emprego fixo a Denilson, que está desempregado há cinco meses. Na fila desde o início da manhã, esperava por uma oportunidade como outros milhares de desempregados.

Alex Alves, 26

Alex já trabalhou como vendedor, motorista e ajudante geral -- último emprego registrado em carteira e do qual foi demitido em março deste ano. Nesses oito meses de procura, já foi a quatro entrevistas e, desde então, fica no aguardo do contato prometido que nunca chega.

Cláudio Luis Francisco, 43

Promotor de vendas durante 12 anos, Cláudio perdeu o emprego há quatro meses. Chegou na feira às 5h30 da manhã com dezenas de currículos na mala. Graças à crise e à dificuldade de encontrar trabalho na área, está agora em busca de uma vaga como porteiro.

Rafael Augusto dos Santos, 25

Os cinco anos de experiência na área de logística não parecem fazer efeito na hora de encontrar um emprego. Rafael estava desde às 5h30 da manhã na fila em busca de um emprego com carteira assinada, como o que perdera seis meses atrás.

Graziela Rodrigues, 25

Mesmo com dois anos de experiência como atendente, Graziela Rodrigues não consegue um emprego fixo desde 2013. Ela afirma que não faltaram tentativas, mas que a crise fecha oportunidades em todas as áreas, principalmente na que procura.

Luiz Carlos Silton Vieira, 53

O metalúrgico Luiz Carlos foi demitido em junho, com outras dezenas de trabalhadores. Desde então, sobrevive com o seguro-desemprego que recebe. Com a proximidade do fim do benefício, ele afirma aceitar qualquer emprego que apareça, mas, por enquanto, nada surgiu.

MARLUCE BARBOSA, 55

A ajudante geral Marluce Barbosa trabalhava em Campinas (SP). Decidiu voltar à capital paulista em julho com medo de que alguém ocupasse a casa que possui na zona sul, mas desde então não consegue nada fixo. Para ela, quitar as contas de água, luz e telefone está cada diz mais difícil.

Vinicius Gabriel
Denilson Soares
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Rafael Augusto
Graziela Rodrigues
Luiz Carlos
Marluce Barbosa