Oito Anos de Serafina

Oito anos de Serafina e um desafio: almejando o infinito, convidamos oito jovens artistas a representar o que não tem fim, numa era em que nada parece ser feito para durar

Carla Chaim

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DOBRA CORTA Recortes em papel dobrado, Carla Chaim, 32, artista plástica

“Ao cortar um papel, ‘atacar’ sua superfície, o ar transpassa e completa uma ação. Aqui, a foto congela um procedimento. A dobra transforma o plano, e a superfície permite a ilusão do infinito, do inimaginável”

Rodrigo Braga

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PASSADO PRA DENTRO Fotografia, Rodrigo Braga, 39, artista plástico

“Na árvore Pau Mulato, o tronco oscila entre a pele antiga que se desprende e a nova que começa a surgir. São como as marcas do corpo e processos psicológicos que passamos ao longo da vida. O tempo que sugere apagar, mas na verdade sobrepõe. Vê-se que na cicatriz há vida, fora e dentro”

Alice Quaresma

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IMENSIDÃO Fotografia sobre papel algodão, Alice Quaresma, 30, fotógrafa

“O que me faz pensar no infinito é a imensidão do oceano, as ondas que vêm e vão, se reciclando, sem parar, trazendo e levando o horizonte que traz a esperança de algo novo e incerto”

Barbara Wagner

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QUADRADINHO DE 8 Dança e foto, Barbara Wagner, 36, fotógrafa

“Eu considero artística a produção cultural de mídia massiva”, diz Barbara, que acredita que o infinito está na arte e fotografou o dançarino de funk Neguim do Charme ensaiando o passo conhecido como “quadradinho de 8”

Ivan Grilo

QUANDO É TEMPOVídeos em looping em dois monitores, Ivan Grilo, 28, artista plástico

“Nos tempos antigos, o povo de Angola era nômade e, sempre que precisava decidir qual seria o próximo destino, erguia uma ‘bandeira branca enfiada em pau forte’ e esperava o vento soprar e mostrar a nova e melhor direção que o povo deveria seguir”, diz Ivan, que em sua obra mostra um mastro sem bandeira que, ao não apontar para nenhum lugar, congela a passagem do tempo

Duda Tsuda

IMPERMANÊNCIA Foto e peça musical, Duda Tsuda, 36, artista sonoro

“Este lugar se chama Vale das Tumbas, na Colômbia, o único lugar do mundo em que se pode experienciar o silêncio absoluto. Tempo e espaço em constante evolução/transição, tal qual o ressoar de um sino, que dura até a próxima batida, ou a fluidez sonora de um rio, que apesar de sempre soar como um rio, nunca é a mesma”

Vera Egito

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SEM TÍTULO Fotografia, Vera Egito, 34, cineasta

“Minha mãe me ensinou a gostar de planta, eu ensino minha filha. Uma das maiores belezas de um jardim é observar os brotos. Enquanto uma planta está saudável, ela brota, nunca morre”

Lucas Anderi

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SEM TÍTULO Vestido de noiva, Lucas Anderi, 36, estilista

“O desenho das rendas em arabesco simboliza a forma infinita do amor e da união”, diz Anderi, que criou um vestido de zibeline de seda com tule e renda

Sidarta Ribeiro

NESTE INFINITÉSIMO INSTANTE Sidarta Ribeiro, 45, é diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Um dos neurocientistas mais renomados do mundo tenta colocar o infinito em versos
Veja o texto na íntegra no site da Serafina

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