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Como nosso corpo reage a um vírus

Milhões de células de diferentes tipos

e com diversas funções compõem o

sistem imunológico e entram em ação

quando o corpo percebe a entrada de

um invasor

Os vírus podem entrar no corpo por vias

respiratórias (como boca e nariz), sexuais

ou através da pele. O novo coronavírus, por

exemplo, infecta as células ao se conectar

a um receptor presente em mucosas

do nariz, boca e olhos

Resposta imune inata

Quando as células percebem uma presença

estranha, elas avisam o resto do corpo e uma

liberação de substâncias inflamatórias tem

início, a chamada tempestade de citocinas.

Nesse processo, os macrófagos podem

eliminar células infectadas e também atuar

como mensageiros que ativam os leucócitos

(glóbulos brancos) para entrar na linha

de defesa. Essa reação não é específica, não

depende do contato prévio com o patógeno

Resposta imune adaptativa

Os leucócitos dão origem a outros fatores

para a imunidade, como os linfócitos, alguns

deles com a função específica de combater

o patógeno recém chegado. Essa é uma

resposta que se adapta para combater

diferentes invasores

Os linfócitos T

estão subdivididos em diversos tipos, entre eles

o CD4 e o CD8. O CD8, ou citotóxico, elimina os

vírus ao destruir as células infectadas. O CD4,

ou auxiliar, estimula outras moléculas a agirem

ou produzirem substâncias de defesa

Os linfócitos B

são os responsáveis pela produção dos anticorpos.

Para que essas proteínas sejam mais eficientes,

eles recebem uma ativação dos linfócitos auxiliares

Anticorpos

Essas proteínas carregam uma caixa

de ferramentas para combater os vírus.

Os anticorpos não são todos iguais, cada um

é capaz de bloquear o vírus de uma maneira

diferente. Alguns não são capazes de

neutralizar o invasor

No caso do novo coronavírus, que se liga a um

receptor nas células com sua proteína em

forma de espinho, alguns anticorpos neutralizantes

bloqueiam a ação do patógeno ao se conectar

com o espinho, impedindo que o vírus o use para

infectar uma célula

Como medir a imunidade?

A maneira mais acessível para saber se

alguém está protegido contra uma

determinada doença é verificar por exames

sorológicos se a pessoa possui anticorpos

para combater o patógeno. Mesmo assim,

os testes mais simples não dizem se esses

anticorpos são do tipo neutralizante

Ensaios clínicos mais avançados também podem

verificar se há a presença de linfócitos específicos

para combater uma doença. Testes para detectar

esses linfócitos ainda não estão disponíveis

no mercado

Fontes: Jordana Grazziela Alves Coelho dos Reis, virologista

da UFMG, Daniel Santos Mansur, imunologista da UFSC,

e Mariane Amano, imunologista do Hospital Sírio-Libanês

Como nosso corpo reage a um vírus

Milhões de células de diferentes tipos e com diversas funções

compõem o sistem imunológico e entram em ação quando

o corpo percebe a entrada de um invasor

Os vírus podem entrar no corpo

por vias respiratórias (como

boca e nariz), sexuais ou através

da pele. O novo coronavírus, por

exemplo, infecta as células ao

se conectar a um receptor

presente em mucosas do nariz,

boca e olhos

Resposta imune inata

Quando as células percebem uma presença estranha, elas avisam

o resto do corpo e uma liberação de substâncias inflamatórias tem

início, a chamada tempestade de citocinas. Nesse processo,

os macrófagos podem eliminar células infectadas e também atuar

como mensageiros que ativam os leucócitos (glóbulos brancos)

para entrar na linha de defesa. Essa reação não é específica,

não depende do contato prévio com o patógeno

Resposta imune adaptativa

Os leucócitos dão origem a outros fatores para a imunidade,

como os linfócitos, alguns deles com a função específica

de combater o patógeno recém chegado. Essa é uma resposta

que se adapta para combater diferentes invasores

Os linfócitos T

estão subdivididos em diversos

tipos, entre eles o CD4 e o CD8.

O CD8, ou citotóxico, elimina os

vírus ao destruir as células

infectadas. O CD4, ou auxiliar,

estimula outras moléculas

a agirem ou produzirem

substâncias de defesa

Os linfócitos B

são os responsáveis pela

produção dos anticorpos.

Para que essas proteínas

sejam mais eficientes,

eles recebem uma ativação

dos linfócitos auxiliares

Anticorpos

Essas proteínas carregam uma caixa de ferramentas para combater

os vírus. Os anticorpos não são todos iguais, cada um é capaz de

bloquear o vírus de uma maneira diferente. Alguns não são capazes

de neutralizar o invasor

No caso do novo coronavírus,

que se liga a um receptor nas

células com sua proteína em

forma de espinho, alguns

anticorpos neutralizantes

bloqueiam a ação do patógeno

ao se conectar com o espinho,

impedindo que o vírus o use para

infectar uma célula

Como medir a imunidade?

A maneira mais acessível para saber se alguém está protegido

contra uma determinada doença é verificar por exames sorológicos

se a pessoa possui anticorpos para combater o patógeno.

Mesmo assim, os testes mais simples não dizem se esses

anticorpos são do tipo neutralizante

Ensaios clínicos mais avançados

também podem verificar se há a

presença de linfócitos específicos

para combater uma doença.

Testes para detectar esses

linfócitos ainda não estão

disponíveis no mercado

Fontes: Jordana Grazziela Alves Coelho

dos Reis, virologista da UFMG, Daniel

Santos Mansur, imunologista da UFSC,

e Mariane Amano, imunologista do

Hospital Sírio-Libanês

Folha