Galeria Prestes Maia
Galeria favorita dos artistas está ociosa há mais de 20 anos
24.jan.2017 - 2h00
{{imagem=7}}
{{imagem=8}}
Com 6 mil m2 _ maior que o fechado Museu da Língua Portuguesa _, está sem uso continuado desde 1995. Quando aberta pelo prefeito Prestes Maia, em 1940, aproveitando os vazios e a estrutura do recém-construído "novo" Viaduto do Chá, era ponto de encontro de artistas. Com paredes e colunas revestidas de mármore, e duas esculturas de Victor Brecheret dando as boas-vindas, recebia exposições e salões de artes.
{{mosaico=1}}
Em 1º de março de 1955 ganhou o primeiro "lance" da primeira escada rolante pública da cidade (já existia outra no prédio da Bienal, no Ibirapuera, mas que só era acessível durante os eventos ali). O frisson foi tanto que havia filas de transeuntes para usar a engenhoca. Houve briga na Câmara Municipal por conta da placa comemorativa do feito _ vereadores achavam injusto que William Salem, um ex-colega que virou prefeito um mês antes graças à renúncia de Jânio Quadros, tivesse seu nome eternizado ali.
{{mosaico=2}}
A partir dos anos 70, abrigou repartições públicas, da Cohab a um pioneiro centro de atendimento para soropositivos na epidemia de Aids no final dos anos 80. Nos anos 90, a gestão do prefeito Paulo Maluf até cogitou a abertura de um shopping no lugar, mas acabou cedendo a galeria para o Masp. O presidente do museu, Julio Neves, prometeu uma filial do Masp, que nunca aconteceu.
{{imagem=6}}
Algumas poucas exposições e desfiles de moda aconteceram até 2004. Marta Suplicy reformou a praça do Patriarca. O arquiteto Paulo Mendes da Rocha projetou uma cobertura monumental branca para a entrada da galeria (que continuava sem uso). A marquise branca foi instalada e virou portal a lugar nenhum. A ideia de transformá-la em Museu da Cidade não vingou. Em 2011, depois de uma pendenga jurídica para tirar a concessão do Masp, o prefeito Gilberto Kassab anunciou que viraria um anexo da prefeitura, com auditório. A galeria continua vazia.