Primeiro chefe do serviço de inteligência criado pelo Exército para combater a guerrilha, defendeu mais tarde o uso da tortura nos anos de chumbo, mas admitiu que a luta fora desigual: “Foi a mesma coisa que matar mosca com um martelo-pilão”
Chefiou o serviço de inteligência do Exército no auge da repressão, nos governos Médici e Geisel. “Inimigo é inimigo, guerra é guerra”, dizia
Comandante do 2º Exército no início dos anos 1970, disse a um delegado que trabalhava no DOI: “Matem os terroristas, matem os carteiros que entregam suas cartas. Os familiares, os amigos, seja o que for. Só não quero que morra nenhum de vocês”
Chefiou o DOI-Codi de São Paulo de 1970 a 1974, quando 50 opositores do regime morreram em suas dependências. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em 2013, negou ter cometido crimes: “Todos foram mortos em combate. De arma na mão”
Um dos mais notórios agentes da repressão, comandou o cerco ao líder guerrilheiro Carlos Marighella e participou da prisão e da morte de militantes de esquerda em vários Estados
Foi demitido pelo presidente Ernesto Geisel após a morte do operário Manoel Fiel Filho sob tortura no DOI-Codi de São Paulo, que era subordinado a ele. Passou mudo para a reserva
Comandava o DOI do Rio quando o deputado Rubens Paiva desapareceu após ser preso e levado a suas dependências. Diz que estava em férias, mas documentos obtidos pela Comissão Nacional da Verdade o desmentem
Acusado por ex-presos políticos de participar de sessões de tortura no DOI-Codi de São Paulo, estava de plantão no dia em que o jornalista Vladimir Herzog morreu, mas diz que não viu nada
Chefiou a operação que matou o líder guerrilheiro Carlos Lamarca na Bahia e comandou a fase final da ação dos militares contra a guerrilha do Araguaia. Foi secretário de Segurança Pública do Rio nos anos 90
Participou do combate à guerrilha do Araguaia e é acusado de sequestrar e manter em cárcere privado cinco guerrilheiros que depois desapareceram. Ele nega ter praticado crimes
Atuou no DOI-Codi entre 1973 e 1976, ofereceu detalhes sobre a tortura e várias mortes ocorridas no auge da repressão política, em entrevistas e depoimentos a partir dos anos 90
Acusado de ter torturado 22 pessoas num quartel de Belo Horizonte, foi o primeiro militar a admitir a prática de tortura, numa entrevista à revista Veja em 1998: “Achava que era necessário. É evidente que eu cumpria ordens. Mas aceitei as ordens”