• Adyr Fiúza de Castro

    (1920-2009)

    Fundador do CIE (Centro de Informações do Exército)

    Primeiro chefe do serviço de inteligência criado pelo Exército para combater a guerrilha, defendeu mais tarde o uso da tortura nos anos de chumbo, mas admitiu que a luta fora desigual: “Foi a mesma coisa que matar mosca com um martelo-pilão”

  • Milton Tavares de Souza

    (1917-1981)

    Chefe do CIE (Centro de Informações do Exército)

    Chefiou o serviço de inteligência do Exército no auge da repressão, nos governos Médici e Geisel. “Inimigo é inimigo, guerra é guerra”, dizia

  • Humberto de Souza Mello

    (1908-1974)

    Comandante do 2º Exército, em São Paulo

    Comandante do 2º Exército no início dos anos 1970, disse a um delegado que trabalhava no DOI: “Matem os terroristas, matem os carteiros que entregam suas cartas. Os familiares, os amigos, seja o que for. Só não quero que morra nenhum de vocês”

  • Carlos Alberto Brilhante Ustra

    (1932-)

    Chefe do DOI-Codi de São Paulo

    Chefiou o DOI-Codi de São Paulo de 1970 a 1974, quando 50 opositores do regime morreram em suas dependências. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade em 2013, negou ter cometido crimes: “Todos foram mortos em combate. De arma na mão”

  • Sérgio Paranhos Fleury

    (1933-1979)

    Delegado do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo

    Um dos mais notórios agentes da repressão, comandou o cerco ao líder guerrilheiro Carlos Marighella e participou da prisão e da morte de militantes de esquerda em vários Estados

  • Ednardo D'Ávila Mello

    (1911-1984)

    Comandante do 2º Exército, em São Paulo

    Foi demitido pelo presidente Ernesto Geisel após a morte do operário Manoel Fiel Filho sob tortura no DOI-Codi de São Paulo, que era subordinado a ele. Passou mudo para a reserva

  • José Antônio Nogueira Belham

    (1934-)

    Chefe do DOI-Codi do Rio

    Comandava o DOI do Rio quando o deputado Rubens Paiva desapareceu após ser preso e levado a suas dependências. Diz que estava em férias, mas documentos obtidos pela Comissão Nacional da Verdade o desmentem

  • Aparecido Laertes Calandra

    Delegado da Polícia Civil em São Paulo

    Acusado por ex-presos políticos de participar de sessões de tortura no DOI-Codi de São Paulo, estava de plantão no dia em que o jornalista Vladimir Herzog morreu, mas diz que não viu nada

  • Nilton Cerqueira

    (1930-)

    General da reserva

    Chefiou a operação que matou o líder guerrilheiro Carlos Lamarca na Bahia e comandou a fase final da ação dos militares contra a guerrilha do Araguaia. Foi secretário de Segurança Pública do Rio nos anos 90

  • Sebastião Curió Rodrigues de Moura

    (1934-)

    Coronel da reserva

    Participou do combate à guerrilha do Araguaia e é acusado de sequestrar e manter em cárcere privado cinco guerrilheiros que depois desapareceram. Ele nega ter praticado crimes

  • Marival Chaves

    Ex-sargento do Exército

    Atuou no DOI-Codi entre 1973 e 1976, ofereceu detalhes sobre a tortura e várias mortes ocorridas no auge da repressão política, em entrevistas e depoimentos a partir dos anos 90

  • Marcelo Paixão de Araújo

    (1947-2009)

    Ex-tenente do Exército

    Acusado de ter torturado 22 pessoas num quartel de Belo Horizonte, foi o primeiro militar a admitir a prática de tortura, numa entrevista à revista Veja em 1998: “Achava que era necessário. É evidente que eu cumpria ordens. Mas aceitei as ordens”