Principais obras e iniciativas
da ditadura na Amazônia
Rodovia
Hidrelétrica
Boa Vista
250 km
BR-174
RR
Balbina
AM
Santarém
Manaus
Tucuruí
PA
BR-230
Lábrea
PB
Serra
Pelada
Cabedelo
Porto
Velho
BR-163
RO
MT
BR-364
Cuiabá
BR-230 (Transamazônica)
Construída às pressas e inaugurada em 1974 pelo presidente Médici, a rodovia possui 4.260 km, de Lábrea (AM) a Cabedelo (PB), no litoral da Paraíba. A obra, na maior parte não pavimentada até hoje, incentivou uma colonização desorganizada, gerou baixo retorno econômico, desrespeitou territórios indígenas e continua sendo vetor de desmatamento
BR-163 (Cuiabá-Santarém)
Com cerca de 3.500 km, foi inaugurada em 1976 pelo presidente Ernesto Geisel, invadindo territórios de indígenas até então isolados. Eixo de escoamento da soja de Mato Grosso, maior produtor do país, é também um dos principais focos de desmatamento e de garimpo da Amazônia
BR-364 (Cuiabá-Porto Velho)
A pavimentação de 1.500 km entre as duas capitais, no início dos anos 1980, fazia parte do Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil (Polonoroeste). O desmatamento desenfreado e o impacto negativo em diversos povos indígenas levaram o Banco Mundial a suspender o pagamento
BR-174 (Manaus-Boa Vista)
Para construir os 750 km de estrada, a ditadura militar atravessou o território dos waimiri-atroaris, que resistiram às obras e, em meados dos anos 1970, estavam quase extintos. A Comissão Nacional da Verdade calcula que 2.500 morreram e apenas 350 sobreviveram. O Exército nega qualquer ação contra os índios
Tucuruí (PA)
Inaugurada em 1984, tem potência de 8.370 MW –a terceira maior do país, atrás de Itaipu e Belo Monte. Por outro lado, inundou 2.247 km², deslocando algumas milhares de famílias e cobrindo áreas de floresta. Teve também impacto negativo na pesca, sobretudo a jusante
Balbina (AM)
É um dos piores desastres ecológicos da Amazônia. A usina inundou 2.360 km² de floresta, incluindo território waimiri-atroari, para gerar apenas 250 MW, insuficientes para abastecer Manaus, o objetivo inicial. Foi inaugurada em 1987, já no regime democrático
Zona Franca de Manaus
Criada em 1967 por meio de incentivos fiscais, conta hoje com cerca de 600 fábricas, que emprega dezenas de milhares de trabalhadores. Por outro lado, promoveu o crescimento desordenado de Manaus, uma das capitais com menor cobertura de esgoto, sistema de saúde precário e na lista das grandes cidades mais violentas do mundo
Serra Pelada (PA)
Descoberta em 1979, a mina de Serra Pelada atraiu milhares de garimpeiros, que trabalhavam em situação precária em um ambiente violento. Para tentar organizar, a ditadura nomeou um interventor militar, Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió. À época, os militares viam os garimpeiros como mais uma forma de ocupar o território amazônico
Fontes: Suframa, Ministério das Minas e Energia, Dnit, livro “Os Fuzis e as Flechas”, de Rubens Valente, e artigos “Impactos Ambientais da Barragem de Tucuruí” e “A Hidrelétrica de Balbina”, de Philip Fearnside
Principais obras e iniciativas da ditadura na Amazônia
Rodovia
250 km
Hidrelétrica
Boa Vista
RR
BR-174
Santarém
Balbina
Manaus
Tucuruí
AM
BR-163
PA
BR-230
Serra
Pelada
PB
Lábrea
Cabedelo
Porto
Velho
RO
MT
BR-364
Cuiabá
BR-230 (Transamazônica)
Construída às pressas e inaugurada em 1974 pelo presidente Médici, a rodovia possui 4.260 km, de Lábrea (AM) a Cabedelo (PB), no litoral da Paraíba. A obra, na maior parte não pavimentada até hoje, incentivou uma colonização desorganizada, gerou baixo retorno econômico, desrespeitou territórios indígenas e continua sendo vetor de desmatamento
BR-163 (Cuiabá-Santarém)
Com cerca de 3.500 km, foi inaugurada em 1976 pelo presidente Ernesto Geisel, invadindo territórios de indígenas até então isolados. Eixo de escoamento da soja de Mato Grosso, maior produtor do país, é também um dos principais focos de desmatamento e de garimpo da Amazônia
BR-364 (Cuiabá-Porto Velho)
A pavimentação de 1.500 km entre as duas capitais, no início dos anos 1980, fazia parte do Programa Integrado de Desenvolvimento do Noroeste do Brasil (Polonoroeste). O desmatamento desenfreado e o impacto negativo em diversos povos indígenas levaram o Banco Mundial a suspender o pagamento
BR-174 (Manaus-Boa Vista)
Para construir os 750 km de estrada, a ditadura militar atravessou o território dos waimiri-atroaris, que resistiram às obras e, em meados dos anos 1970, estavam quase extintos. A Comissão Nacional da Verdade calcula que 2.500 morreram e apenas 350 sobreviveram. O Exército nega qualquer ação contra os índios
Tucuruí (PA)
Inaugurada em 1984, tem potência de 8.370 MW –a terceira maior do país, atrás de Itaipu e Belo Monte. Por outro lado, inundou 2.247 km², deslocando algumas milhares de famílias e cobrindo áreas de floresta. Teve também impacto negativo na pesca, sobretudo a jusante
Balbina (AM)
É um dos piores desastres ecológicos da Amazônia. A usina inundou 2.360 km² de floresta, incluindo território waimiri-atroari, para gerar apenas 250 MW, insuficientes para abastecer Manaus, o objetivo inicial. Foi inaugurada em 1987, já no regime democrático
Zona Franca de Manaus
Criada em 1967 por meio de incentivos fiscais, conta hoje com cerca de 600 fábricas, que emprega dezenas de milhares de trabalhadores. Por outro lado, promoveu o crescimento desordenado de Manaus, uma das capitais com menor cobertura de esgoto, sistema de saúde precário e na lista das grandes cidades mais violentas do mundo
Serra Pelada (PA)
Descoberta em 1979, a mina de Serra Pelada atraiu milhares de garimpeiros, que trabalhavam em situação precária em um ambiente violento. Para tentar organizar, a ditadura nomeou um interventor militar, Sebastião Rodrigues de Moura, o major Curió. À época, os militares viam os garimpeiros como mais uma forma de ocupar o território amazônico
Fontes: Suframa, Ministério das Minas e Energia, Dnit, livro “Os Fuzis e as Flechas”, de Rubens Valente, e artigos “Impactos Ambientais da Barragem de Tucuruí” e “A Hidrelétrica de Balbina”, de Philip Fearnside
Folha