64 anos depois de sediar uma Copa do Mundo, o Brasil recebeu 32 seleções para um dos eventos que mais dividiu opiniões nos últimos tempos no país. Temia-se uma onda violenta de protestos, caos aéreo, estádios inacabados, entre outros graves problemas. Mas o futebol e o clima de festa se sobressaíram aos atrasos e problemas com infraestrutura. Os protestos também diminuíram consideravelmente. No início das oitavas de final, o torneio de 2014 já era considerado um dos melhores da história, pelo número de gols, zebras e viradas surpreendentes
O clima do #nãovaitercopa parecia tomar conta do país até 12 de junho. Alguns torcedores começaram a pintar as ruas com as cores e os motivos da Copa na véspera da abertura do Mundial
Ueslei Marcelino/Reuters
O pouco entusiasmo não estava apenas no discreto verde e amarelo das ruas. A abertura da Copa seguiu critérios estabelecidos pela Fifa e recebeu uma chuva de críticas. Poucos dançarinos e as alegorias simples demais, com um quê de 25 de Março, serviram de introdução para o playback de “We Are One”, canção oficial da Copa interpretada por Claudia Leitte, Pitbull e Jennifer Lopez
Eduardo Anizelli/Folhapress
O primeiro gol da Copa-2014 foi contra, marcado por Marcelo. Para reverter o placar, o Brasil contou com os bons desempenhos de Neymar (2 gols) e Oscar (1). O árbitro japonês Yuichi Nishimura também teve sua participação na vitória quando marcou um polêmico pênalti em Fred, convertido por Neymar. Placar final: Brasil 3x1 Croácia
Moacyr Lopes Junior/Folhapress - juiz Murad Sezer/Reuters
A primeira surpresa da Copa foi a goleada que a até então campeã do mundo tomou da Holanda. O 5x1, de virada, abriu caminho para o início do vexame espanhol neste Mundial. La Roja perdeu o jogo seguinte para o Chile por 2 a 0 e se despediu da Copa com uma vitória de honra sobre a Austrália
Fabrizio Bensch/Reuters
Quando o sorteio da Fifa anunciou como seria composta a primeira fase do Mundial, criou-se o Grupo D, da morte. Imaginava-se que Uruguai, Itália e Inglaterra fariam duelos para saber qual entre os campeões seria eliminado ao término da primeira etapa junto com a Costa Rica, só esqueceram de avisar o país caribenho, que passou por todos os outros e terminou a fase em primeiro lugar do grupo. Itália e Inglaterra caíram diante da maior zebra da Copa
Flávio Tavares/Jornal Hoje em Dia
Os ingleses perderam de 2 a 1 tanto para Itália quanto para o Uruguai. Na última partida, apenas empataram sem gols conta a Costa Rica
Ronaldo Schemidt/AFP
A Itália ganhou da Inglaterra na primeira partida, mas perdeu para a Costa Rica e para o Uruguai em seguida
Javier Soriano/AFP
O feito inédito da Costa Rica foi bem definido pelo capitão do time, Bryan Ruiz. "Nós estávamos no 'grupo da morte', mas os mortos agora são os outros e nós estamos indo para a próxima fase”
Fernando Coizzani/Photo Press
No Grupo G, outra estrela a deixar a Copa precocemente foi Cristiano Ronaldo. O melhor jogador do mundo capitaneou Portugal direto para casa no fim da primeira fase
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A primeira fase do Mundial teve a melhor média de gols desde 1982. Um dos gols mais bonitos e comentados da primeira fase foi o do holandês Van Persie contra a Espanha. Cabeceou de primeira
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“Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile” foi o principal grito da torcida chilena
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Torcedores da Colômbia fizeram festa em Brasília
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Os argentinos seguiram sua seleção em todos os cantos, em Porto Alegre não foi diferente
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Se o assunto é invasão, um bairro de São Paulo se viu sitiado durante praticamente toda a Copa. A boêmia Vila Madalena, na zona oeste, virou abrigo para torcedores de diferentes países. Besos, hugs, ciaos, dankes e apertos de mão em diversas línguas entre um bar e outro, entre um grito de gol e outro
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A "Copa América" começa a ruir quando a Holanda bate o México nas oitavas de final por 2 a 1, e a Bélgica derrota os EUA por 2 a 1. Os vizinhos americanos se enfrentam
O “Chi Chi Chi Le Le Le, Viva Chile” durou até as oitavas de final, quando o Brasil eliminou os sul-americanos nos pênaltis, em uma das partidas mais disputadas do Mundial
Adriano Vizoni/Folhapress
Os torcedores brasileiros temiam repetir o Maracanazo de 1950 em um possível embate com o Uruguai em casa, mas o fantasma fez apenas sombra porque a Colômbia tratou de despachar a celeste primeiro para casa
Daniel Marenco/Folhapress
O chute certeiro de James Rodrigues, a habilidade de Cuadrado e o rebolado de Armero formaram a mistura alegre da Colômbia, que saiu de cena quando as lágrimas de James anunciam que não havia mais chance de ampliar sua artilharia de 6 gols. O Brasil derrubou a Colômbia nas quartas de final, por 2 a 1
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A zebra vermelha e azul resistiu até as quartas de final quando o laranja aniquilador holandês levou a melhor nos pênaltis. Foi por pouco, mas, mesmo sendo eliminada, a Costa Rica alcançou uma posição inédita em Copas, foi a melhor seleção de todos os tempos do país
Ezequiel Becerra/AFP
#tatendoCopa #tatendomuitacopa E muitas prorrogações e muitos pênaltis. Mais do que atacantes que eram promessa para a Copa, os goleiros viraram estrela no torneio. Defesas espetaculares fizeram torcedores gritarem como se fosse gol
A história da semifinal contra a Alemanha no Mineirão começou no jogo anterior, nas quartas de final, quando Neymar, estrela da seleção, fraturou a terceira vértebra do lado esquerdo após joelhada do lateral colombiano Zúñiga. O craque foi afastado e apenas sua camisa 10 foi a campo, nas mãos de David Luiz e Júlio César, para o hino nacional. Suspenso, o capitão Thiago Silva também não foi para a semi
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Seleção perdeu por 7 a 1 no Mineirão para a Alemanha e sofreu a maior derrota da história em Copas
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O resultado dessa equação é melhor retratada nesta imagem
Fim do segundo tempo + 7 gols = 200 bilhões de incrédulos
David Gray/Reuters
Torcida brasileira caiu no choro...
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Um dia após o vexame histórico, Felipão deu uma entrevista de emergência e disse que o Brasil teve uma derrota ruim, mas que “o trabalho não foi de todo ruim”. Afirmou também que a seleção teve uma “pane geral”. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu uma intervenção estatal no futebol brasileiro
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E alemães comemoraram!
Eduardo Knapp/Folhapress
A bicampeã Argentina e a forte Holanda disputaram partida para ver quem iria pegar a Alemanha na final. De um lado a excelência de Messi, de outro, a potência de Robben. Do duelo no Itaquerão, nenhum dos dois foi decisivo. Mais uma vez uma zebra entrou em ação. O goleiro chamado por torcedores de “mão de manteiga” salvou a Argentina e a colocou na final da Copa do Mundo no Brasil
Eduardo Anizelli/Folhapress
Messi eleito o melhor jogador do mundo quatro vezes, e seus companheiros têm a primeira chance de ganhar uma Copa
Eduardo Anizelli/Folhapress
Os argentinos só comemoram. Com o principal rival massacrado pelos alemães, os torcedores hermanos poderiam ter um trunfo ainda maior se derrotassem os algozes dos brasileiros
Ernesto Rodrigues/Folhapress
Derrotado na semifinal, o Brasil tinha a chance de se redimir do vexame contra a Alemanha em uma vitória sobre a Holanda. Felipão começou o jogo com seis mudanças para buscar o 3º lugar, mas um gol tomado aos três minutos do primeiro tempo delineou o restante da partida. 3x0 para a Holanda e um gosto amargo de uma nova derrota em casa. Fim melancólico
Eduardo Knapp/Folhapress
Depois de muita provocação com os brasileiros, os argentinos também caíram diante da superioridade alemã e tiveram de ouvir gritos de "vice-campeão" dos nativos. Em sua terceira Copa, Messi continua sem conquistar um título mundial
Eduardo Anizelli/Folhapress
Com sua a conquista da Copa do Mundo-2014, a Alemanha igualou o número de títulos da Itália e encosta no Brasil
Danilo Verpa/Folhapress
Foto:Thiago Almeida, Edson Sales, Mônica Bento
Texto: Daniela Barboza Ferreira Braga
Programação: Lucas Zimmermann
Sérgio Lima/Folhapress