Introdução
Michael Jackson continua 'vivo' mesmo após oito anos de sua morte
Michael Jackson morreu aos 50 anos no dia 25 de junho de 2009 faltando apenas 18 dias para que voltasse aos palcos e desse início a uma série de shows pelo mundo.
O astro pop sofreu uma parada cardíaca em sua casa em Los Angeles, nos Estados Unidos. Nos dias e meses que se seguiram foram marcados por disputas judiciais, especulações sobre a verdadeira paternidade dos filhos do cantor, desavenças familiares e mistérios sobre o que realmente havia causado a sua morte.
O astro pop é um dos artistas que mais faturam no mercado e ainda levará um bom tempo para que seja esquecido. Em 2016, ele foi apontado pela revista "Forbes" como o artista pop que mais faturou após a sua morte. Pelo quarto ano consecutivo, Michael liderou o ranking com US$ 825 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) entre outubro de 2015 e outubro de 2016. As cantoras Taylor Swift e Adele, por exemplo, faturaram no ano passado cerca de US$ 170 milhões e US$ 80 milhões, respectivamente.
{{imagem=1}}
Michael ainda inspira muitos artistas, com suas músicas, com seus movimentos de dança, além de suas tendências da moda e conscientização para causas sociais. Em fevereiro deste ano, o lendário álbum "Thriller" alcançou um novo recorde ao atingir a marca de 33 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos, desde seu lançamento em 1982. Apesar de a década passada ter tido uma queda nas vendas de álbuns, a indústria musical tem se recuperado com a ascensão do streaming, e Michael não fica para trás.
A primeira música de Michael Jackson a estrear na plataforma Deezer foi "Billie Jean", no dia 1º de janeiro de 2009. Atualmente, o artista tem mais de 8 milhões de fãs, principalmente da Jamaica, Dinamarca e Egito. Os brasileiros aparecem na 49ª posição. Segundo a empresa, a audiência que escuta o cantor é formada majoritariamente por homens (64%), a maioria dos ouvintes tem entre 25 e 34 anos (34%).
A professora de música, tecnologia e mídias digitais Catherine Moore, da Universidade de Toronto, no Canadá, afirma que a popularidade do rei do pop ainda é elevada e pode ser mensurada pelos serviços de streaming.
"É uma mistura de música nova e de catálogo com dezenas de milhões de músicas. Algoritmos acompanham a popularidade e os usuários podem selecionar apenas a música mais popular na maioria dos gêneros musicais –que incluirão estrelas pop como Michael Jackson– ou ter uma mistura de música desconhecida com os hits", disse Moore.
{{galeria=1}}
Já nos players digitais do Spotify, o astro pop tem quase 12 milhões de ouvintes mensais e ocupa a 98ª posição, a frente de muitos artistas vivos. Nessa plataforma, São Paulo aparece como a quarta cidade que mais ouve o artista no mundo, atrás apenas da Cidade do México (México), Santiago (Chile) e Los Angeles (EUA).
Moore explica que as formas de medir o sucesso do streaming não são padronizadas e há desacordo sobre o que deve ser contado. Porém, diz ela, as músicas de Michael permanecem tão populares porque elas são realmente boas.
"A música de Michael Jackson permanece tão popular em parte porque é realmente uma boa música que as pessoas respondem instantaneamente, e também porque sua aparência, sua voz, o "moonwalk", a surpreendente inovação do vídeo "Thriller" fazem parte da cultura popular. Assim, eles têm um forte apelo ao redor do mundo e além da música sozinho."
Desde 2014, o YouTube monitora o total de visualização no canal. Segundo o Google, Michael Jackson tem mais de 6,6 bilhões de visualizações nesse período. Adele, que quebrou vários recordes, tem em torno de 7,3 bilhões e pouca penetração no streaming –seu álbum "25" foi liberado em serviços de transmissão cerca de sete meses após o lançamento.
A morte de Michael Jackson completa oito anos neste domingo (25), mas seu legado e suas influências musicais, comportamentais e visionárias continuam presentes em vários artistas, como Justin Timberlake, Weeknd, Justin Bieber, e só confirma que Michael é e sempre será o maior ícone pop mundial.
{{info=1}}