Joaquim Levy | Ex-presidente do BNDES | Reduzir o tamanho do banco como financiador de empresas e concentrar esforços nos processos de privatizações. Também teria de equacionar a devolução de recursos ao Tesouro | Jair Bolsonaro | Ter sido ministro da Fazenda da ex-presidente Dilma Rousseff o colocou na mira de Bolsonaro desde sua indicação. A gota d´água foi a nomeação para a diretoria de Mercado de Capitais do banco de um advogado que foi chefe de gabinete do ex-presidente do BNDES na gestão Lula | 6 meses (jan.2019 a jun.2019) |
Marcos Cintra | Ex-secretário da Receita Federal | Preparar a proposta de reforma tributária, uma das promessas de campanha de Bolsonaro | Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia, presidente da Câmara | Resistência do empresariado, do Congresso e do Planalto à criação de um imposto sobre movimentações comerciais, uma espécie de CPMF, que permitiria desonerações. Também foi alvo de críticas devido ao vazamento de dados sigilosos das declarações de renda de cônjuges de ministros do Supremo Tribunal Federal | 9 meses (jan.2019 a set.2019) |
Mansueto Almeida | Ex-secretário do Tesouro | Além de controlar o caixa da União, foi um importante conselheiro de Paulo Guedes por conhecer o funcionamento da máquina pública | – | Mansueto já tinha avisado ao ministro que gostaria de deixar o governo e migrar para a iniciativa privada. A mudança demorou devido ao agravamento da situação fiscal do país | 1 ano e 7 meses (jan.2019 a jul.2020) |
Caio Megale | Ex-diretor de Programas da Secretaria Especial de Fazenda | Levar para o governo sua experiência da iniciativa privada para desenvolver programas voltados à inovação da Indústria, Comércio e Serviços | – | Não se adaptou ao serviço público. Inicialmente, teve problemas com a gestão do secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa. Foi então nomeado assessor especial do ministro. Depois, mudou para a Secretaria Especial da Fazenda até que decidiu sair | 1 ano e 7 meses (jan.2019 a jul.2020) |
Rubem Novaes | Ex-presidente do Banco do Brasil | Modernizar o banco para a competição na era das transações digitais. Além disso, alimentava com Guedes o plano de privatizar a instituição | Congresso | Advertências do Tribunal de Contas da União sobre os gastos do banco com publicidade, críticas sobre ingerência do Planalto com a nomeação do filho do vice-presidente da República para um cargo especial no banco, resistência no Congresso depois da divulgação de uma reunião ministerial em que Guedes revelou a Bolsonaro o plano de privatização do banco que, segundo Guedes, seria o sonho de Novaes | 1 ano e 7 meses (jan.2019 a jul.2020) |
Marcos Troyjo | Ex-secretário de Comércio Exterior | Promover abertura comercial e buscar acordos internacionais. | – | Nesse caso, Troyjo foi indicado por Guedes a assumir o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics) | 1 ano e 6 meses (jan.2019 a jun.2020) |
Salim Mattar | Ex-secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercado | O ex-secretário de Desestatização, Desinvestimento e Mercado) conduzia o plano de privatizações que, segundo Guedes, permitiria levantar até R$ 1 trilhão | Congresso e ala militar do governo | Mattar não sabia lidar com a burocracia federal e reclamava de que tudo ficava centralizado no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), que tinha a missão de inscrever as estatais no Plano Nacional de Desestatização concentrando assim o processo. Tentou obter aval do Congresso para uma espécie de “fast-track”, mas se deparou com a resistência de parlamentares a privatizações, especialmente a Eletrobras e os Correios | 1 ano e 8 meses (jan.2019 a ago.2020) |
Paulo Uebel | Ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital | Promover o enxugamento da máquina pública por meio de uma reforma administrativa. Também deveria conduzir a digitalização de todos os processos do governo federal para aumento de produtividade e melhora da qualidade do atendimento público | Bolsonaro e servidores federais que fizeram pressão no Congresso e no Planalto | Bolsonaro preferiu adiar a reforma administrativa porque poderia ameaçar seu plano de reeleição. Servidores federais pressionaram os dirigentes das duas Casas para adiar as mudanças | 1 ano e 8 meses (jan.2019 a ago.2020) |
Roberto Castello Branco* | Ex-presidente da Petrobras | Vender participações, reduzir endividamento e voltar investimentos ao coração da empresa (exploração de petróleo) | Jair Bolsonaro estava incomodado com preços de combustíveis | Fritado por Bolsonaro por causa dos reajustes nos preços, foi preterido pelo governo –que indicou militar para seu lugar | 2 anos e 4 meses (jan.2019 a abr.2021) |
André Brandão | Ex-presidente do Banco do Brasil | Fortalecer crédito, buscar parcerias para ativos e voltar a crescer no agronegócio. Além disso, queria enxugar estrutura com fechamento de agências e demissões voluntárias | Jair Bolsonaro e parlamentares, contrários ao enxugamento | Foi fritado por Bolsonaro principalmente após anunciar o plano de enxugamento e decidiu deixar o cargo à disposição | 6 meses (set.2020 a mar.2021) |
Vanessa Canado | Assessora especial para a reforma tributária | Colaborar na construção da reforma tributária | – | Propostas de reforma da Economia ficaram travadas por disputas com Congresso | 1 ano e 5 meses (nov.2019 a abr.2021) |
Waldery Rodrigues | Secretário especial de Fazenda | Comandar o principal braço da Economia, responsável por formular e executar o Orçamento, administrar a dívida pública e acompanhar estudos | Bolsonaro, Congresso e equipe econômica teve desgastes com ele | Defesa de regras fiscais e discussões orçamentárias gerou desgastes com Bolsonaro, Congresso e a própria equipe econômica | 2 anos e 4 meses (jan.2019 a abr.2021) |
George Soares | Secretário de Orçamento Federal | Planejar e executar o Orçamento, além de promover contingenciamentos e remanejamentos de verbas | Classe política | Acumulou desgates no debate orçamentário | 2 anos e 4 meses (jan.2019 a abr.2021, considerando apenas o atual governo) |
Yana Dumaresq | Secretária especial adjunta de Comércio Exterior | Acordos comerciais e revisão de tarifas | – | Parte da indústria brasileira reclamava do ritmo de abertura comercial desejado pela pasta, sobretudo no começo do governo | 2 anos e 4 meses (jan.2019 a abr.2021) |
Bruno Funchal | Secretário especial de Tesouro e Orçamento | Ser o principal nome da área das contas públicas e coordernar todo o clico orçamentário, do planejamento à execução | Ele próprio decidiu sair após a decisão do governo de driblar o teto de gastos para expandir despesas em 2022 | Ala política do governo pressionou equipe econômica por mais gastos e time ficou sem escolha após Guedes ceder em liberar recursos | 2 anos e 10 meses (jan.2019 a out.2021) |
Jeferson Bittencourt | Secretário do Tesouro Nacional | Cuidar dos números do Tesouro e monitorar as contas públicas | Ele próprio decidiu sair após a decisão do governo de driblar o teto de gastos para expandir despesas em 2022 | Ala política do governo pressionou equipe econômica por mais gastos e time ficou sem escolha após Guedes ceder em liberar recursos | 2 anos e 10 meses (jan.2019 a out.2021) |