Carolina Maria de Jesus inaugurou uma linha matricial literária brasileira, periférica, negra, algo sem par no mundo e que, 60 anos depois, ainda nos interroga.

Ao analisar o contexto do nascimento da nossa República, cruzando história, ciências sociais e crítica cultural, José Murilo de Carvalho revela um traço que permanecerá presente na trajetória do país: a exclusão do povo da vida política brasileira. O que ele chamará em outras de suas obras de o 'pecado original da República', essa mesma República que segue sendo incapaz de produzir um governo representativo de suas cidadãs e seus cidadãos. Uma história no presente.

O Brasil tem sido sistematicamente objeto de análises por parte de intelectuais e artistas estrangeiros, sobretudo a partir da segunda metade do século 19. Este livro do sociólogo francês Roger Bastide integra essa espécie de tradição de obras sobre o país feitas por quem vem de fora, o que tem gerado interpretações tão interessantes quanto diversas. Bastide, que viveu no Brasil por cerca de 15 anos, lecionando na USP, coloca em destaque este traço atemporal brasileiro: os contrastes. Geográficos, econômicos, sociais.

Lorena, Ana e Lia são jovens que vivenciam de maneiras muito distintas a ditadura militar no Brasil, no início dos anos 1970. Lygia Fagundes Telles apresenta a partir das vozes individuais de cada uma de suas personagens as nuances de um tempo histórico sombrio.