A tetralogia de Gilberto Freyre --formada por 'Casa Grande & Senzala', 'Sobrados e Mucambos' e 'Ordem e Progresso'; o 4º volume, 'Jazigos e Covas Rasas', não foi publicado-- analisa, a partir da noção de equilíbrio de antagonismos, a formação da sociedade patriarcal e escravista durante a colônia, sua urbanização e modernização durante o império e sua desintegração com o fim da escravidão, no início da República. Amparada em metodologia criativa, fontes inusitadas e estilo literário, explica muito do funcionamento da hierarquia social brasileira e das características da elite social nacional.

O livro é uma obra-prima de escala mundial, que combina refinamento e inventividade formal com interpretação visceral da lógica da sociedade brasileira.

O livro mostra como o princípio da 'dominação pessoal' estrutura a sociabilidade brasileira. As relações de solidariedade - o compadrio, a troca de favores - aparecem aí como indissociáveis do uso sistemático da violência, espécie de mínimo denominador comum da sociedade, que se entranha na hierarquia social, na economia e na lógica do próprio estado. Baseado na análise de documentação primária, sobretudo processos-crime, é ensaio denso que, embora focalizando a civilização do café, ainda fala da dinâmica social brasileira contemporânea.

A tetralogia de Gilberto Freyre ('Jazigos e Covas Rasas', quarto volume, não foi publicado) analisa, a partir da noção de equilíbrio de antagonismos, a formação da sociedade patriarcal e escravista durante a colônia, sua urbanização e modernização durante o império e sua desintegração com o fim da escravidão, no início da República. Amparada em metodologia criativa, fontes inusitadas e estilo literário, explica muito do funcionamento da hierarquia social brasileira e das características da elite social nacional.