Descrição de chapéu Independência, 200

200 anos, 200 livros

Conheça 200 importantes livros para entender o Brasil, um levantamento com obras indicadas por 169 intelectuais da língua portuguesa

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Heloisa Espada

Doutora em artes visuais, é curadora do IMS (Instituto Moreira Salles)

As indicações de Heloisa Espada

50º

Seleção de textos teóricos, realizados entre 1954 e 1969, de um dos artistas brasileiros mais influentes do século 20. Oiticica descreve as pesquisas que o levaram da produção de pinturas abstratas aos Parangolés, obras para vestir que uniram ideias sobre arte total do artista holandês Piet Mondrian aos passistas da escola de samba Mangueira. Nos anos 1960, incorporou questões sociais a reflexões estéticas, tornando-se um dos principais intérpretes da vanguarda brasileira. Para ele, a potência da produção nacional nascia do confronto com adversidades típicas de um país subdesenvolvido.

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95º

Este pequeno livro reúne três textos do professor e crítico Paulo Emílio Salles Gomes, um dos criadores do acervo que deu origem à Cinemateca Brasileira. Os dois primeiros abordam a história da produção cinematográfica no Brasil, desde a chegada de aparelhos de projeção de filmes no país, em 1896, até a eclosão do Cinema Novo, na década de 1960. No artigo 'Cinema: Trajetória no Subdesenvolvimento', de 1973, reflexões sobre a condição do cinema subdesenvolvido são trampolim para uma leitura mais ampla da cultura brasileira. A partir de comparações entre a história do cinema nacional e a produção de países como Índia e Japão, o autor problematiza as contradições e dilemas de uma arte feita necessariamente por elites que ora se identificam com agentes de países hegemônicos (os 'ocupantes'), ora com a realidade das populações locais (os 'ocupados').

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95º

O livro reúne escritos sobre arte e arquitetura feitas no Brasil no século 20, destacando a interdependência entre estética e política no pensamento do autor. Há textos sobre artistas variados, como Cândido Portinari, Lygia Clark e Annabella Geiger, além de ensaios sobre a transição do moderno para o dito pós-moderno, conceito que Pedrosa formulou no Brasil em paralelo à discussões sobre antiarte que ocorriam fora do país. Os textos sobre arquitetura abordam a importância dos projetos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer em Brasília para o mundo das artes. Num deles, Pedrosa defende a tese de que o Brasil estaria 'condenado ao moderno'.

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