Descrição de chapéu Independência, 200

200 anos, 200 livros

Conheça 200 importantes livros para entender o Brasil, um levantamento com obras indicadas por 169 intelectuais da língua portuguesa

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Lilia Schwarcz

Historiadora e antropóloga, é professora da USP, cofundadora da Companhia das Letras e autora de mais de uma dezena de livros

As indicações de Lilia Schwarcz

A autora inaugura uma linguagem e uma perspectiva até então muito pouco presentes na literatura nacional: aquela da autorreflexão por parte dos favelados e faveladas do Brasil. Seus desejos, seus problemas, suas famílias, seus vizinhos, sua visão de Brasil. 'A fome também é professora' diz ela.

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Os relatos desse importante líder yanomani foram registrados pelo etnólogo e amigo de mais de 30 anos, Bruce Albert. O livro traz a história de Kopenawa e suas meditações enquanto xamã diante, sobretudo, da atitude predadora dos brancos, com a qual seu povo sofre desde os primeiros contatos nos anos 1960.

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Nos anos 1930, o historiador e crítico literário mostra como o patrimonialismo é um problema central na agenda brasileira. Dizia que não entraríamos na modernidade enquanto continuássemos a misturar esferas públicas e privadas. Pois ainda não entramos.

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16º

Já em 1916 o escritor mostra como é falha a nossa República, como herdamos e ampliamos a escravidão como linguagem da hierarquia, como não teremos uma democracia com tanto racismo estrutural. Entendido como um dom Quixote nacional, Policarpo nunca foi tão atual!

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25º

Retrato pioneiro da importância do pensamento decolonial, do estreitamento das relações Sul-Sul, e da importância das mulheres negras na nossa sociedade.

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25º

O professor da Universidade Federal da Bahia apresentou, pela primeira vez, a importância dessa revolta, ocorrida em Salvador, na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835. Esse foi o maior levante de escravizados da história do Brasil. Os malês de origem islâmica e muçulmana organizaram o levante com panfletos em língua árabe desconhecida das elites. O livro de Reis impulsionou toda a importante historiografia da escravidão no Brasil.

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33º

Abdias Nascimento foi escritor, ativista do movimento negro e pintor. Neste livro ele mostra como vivemos ainda em quilombos e de que maneira a sociedade brasileira e branca não enxerga a desigualdade de raça. É o que hoje chamamos de branquitude.

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95º

Costa e Silva descreve a pré-história do continente africano, que se confunde com a própria pré-história da humanidade, e termina em 1500, época em que muitos outros livros de história começam. Com apenas uma frase, a última, permite antever o início da era moderna, mais próxima e mais conhecida: 'Não se estranhará, por isso, que os congos, e talvez outros povos antes deles, confundissem com baleias as formas bojudas que se aproximavam de suas costas e traziam os portugueses'. Apoiado em grande material arqueológico, antropológico e histórico ainda hoje pouco conhecido no Brasil, a obra analisa povos e nações, técnicas de trabalhar o ferro, agrícolas e de navegação, expressões religiosas e artísticas, reinos extintos, cidades desaparecidas, costumes e crenças, línguas e dialetos. Nasceu clássico.

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Indicações fora da lista

Originalmente, esse trabalho de mestrado ficou por 50 anos sem ser publicado. Tendo por base estudos de caso, entrevistas, exame de documentação da Frente Negra Brasileira e do jornal Voz da Raça, a autora explora o que chama de 'atitudes raciais'. Mostra, pioneiramente, um universo dividido; um país profundamente desigual e permeado por conflitos, competição, mobilidade social, busca de status, preconceito de cor e discriminação racial.