Descrição de chapéu Independência, 200

200 anos, 200 livros

Conheça 200 importantes livros para entender o Brasil, um levantamento com obras indicadas por 169 intelectuais da língua portuguesa

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Maria Alice Setúbal

Doutora em psicologia da educação, é socióloga e presidente da Fundação Tide Setubal

As indicações de Maria Alice Setúbal

10º

As autoras analisam a história do Brasil desde a carta de Pero Vaz de Caminha até os caminhos rumo à redemocratização, incluindo uma análise dos tempos atuais na conclusão do estudo. Os temas destacados ao longo da narrativa dialogam diretamente com questões estruturais centrais da sociedade brasileira como o autoritarismo e as desigualdades sociais. As autoras abrem para o leitor importantes reflexões sobre as ambiguidades, os obstáculos e as potências da nossa formação histórica.

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50º

Como nos diz a autora: a história da raça negra ainda está por fazer dentro de uma história do Brasil ainda a ser feita. Nesse contexto, a historiadora contrapõe a história oficial com histórias das relações raciais e a contribuição do negro na construção da sociedade brasileira, com o escravismo, as fugas e os quilombos. Analisa também o quilombo como forma alternativa de organização social, o papel das mulheres, os movimentos negros e sua cultura.

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95º

A obra de Paulo Freire espelha as grandes questões das lutas sociais brasileiras, especialmente na nossa educação. Nessa obra, o autor ressignifica sua 'Pedagogia do Oprimido', refletindo sobre as temáticas que envolvem vida, ideias, processos e opressões no enfrentamento do autoritarismo e das desigualdades sofridas pelo povo brasileiro. A esperança revela-se no esforço, na coragem e no trabalho persistente para que as transformações sociais se realizem no nosso país.

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Indicações fora da lista

Os autores buscam trazer para o centro do palco a filosofia popular das ruas nas suas experiências cotidianas e ancestrais que podem ser aprendidas nas encruzilhadas, nos terreiros e nas gingas do país. Esses saberes ampliam seus espaços, de modo a desafiar uma concepção colonialista e europeia como uma história única a ser contada e aprendida. Trata-se da busca de uma brasilidade que possa incluir os diferentes saberes, povos e visões de mundo.

O autor analisa de forma crítica os vínculos entre a questão dos negros brasileiros e os problemas estruturais da sociedade dominada por um pensamento autoritário e racista. Clóvis Moura discorre sobre as teorias dominantes, assim como sobre temas relativos à República de Palmares, à imprensa negra, à insurgência negra e ao escravismo tardio que conviveu com movimentos de trabalhadores livres. O autor oferece uma crítica radical a uma interpretação europeizada da nossa história.