Obra composta por diários escritos por uma mulher negra, mãe solteira, catadora de lixo, que retrata sua vivência numa favela da capital paulista, por meio de uma narrativa forte, tocante e surpreendente.

Obra que procura apreender a natureza do brasileiro e da identidade nacional a partir da herança ibérica, especialmente portuguesa.

A obra rompeu com o paradigma vigente, relacionado às ideias do racismo científico; mostrou o papel do negro no tecido mais íntimo da vida familiar e do caráter do brasileiro; e ressignificou, para não dizer positivou, o fato da mestiçagem. Sugeriu, entre outras coisas, que o Brasil é um microcosmo do mundo futuro, que seria marcado pela fusão de raças e culturais.

Neste romance modernista, Mário de Andrade apresenta uma visão crítica da identidade do povo brasileiro, a partir do personagem Macunaíma, o 'herói sem nenhum caráter'.

O livro empreende um mergulho profundo na história do Brasil ao longo de mais de cinco séculos. É rico em detalhes e apresenta revelações surpreendentes. Aborda o cotidiano dos brasileiros, as manifestações artísticas e culturais e os conflitos econômicos e sociais. Um dos pontos altos da obra é a reflexão sobre a herança contraditória da mestiçagem brasileira.

A obra postula que a colonização aqui tomou aspecto de uma vasta empresa comercial, destinada a explorar os recursos naturais e produtos primários em proveito do mercado europeu. Esse é o sentido da colonização, de que o Brasil é uma das resultantes. Prado Júnior sugere uma continuidade de sentido histórico no Brasil, entre o passado colonial e o tempo contemporâneo.

O livro é uma viagem histórica pelos caminhos tortuosos (com avanços, recuos, ressemantizações e perspectivas) que a cidadania tem seguido no Brasil.

Neste romance, Lima Barreto se vale da sátira e ironia para tecer críticas às mazelas do Brasil da Primeira República. Embora publicado há quase 100 anos, boa parte das críticas permanecem atuais.

A obra discorre sobre o 'caráter' ou a 'cultura' do brasileiro com foco em seus rituais cotidianos, como o futebol, a música e principalmente o carnaval.

A obra postula que somos reféns de uma herança intelectual maldita, marcada por clichês, a exemplo de 'homem cordial', 'patrimonialismo', 'jeitinho brasileiro', 'populismo'. Essas interpretações deixam de levar em conta nosso principal problema histórico, a escravidão e suas formas atuais, que se revelam, dentre outras maneiras, pelo ódio que a classe média tem em relação ao pobre.