Descrição de chapéu Independência, 200

200 anos, 200 livros

Conheça 200 importantes livros para entender o Brasil, um levantamento com obras indicadas por 169 intelectuais da língua portuguesa

voltar para lista

Reginaldo Prandi

Sociólogo e escritor, é professor emérito da USP

As indicações de Reginaldo Prandi

Diário. Mulher negra pobre, favelada, mãe de família, que vive de trabalho pesado e sujo conta seu cotidiano na grande capital e constrói uma sociologia da marginalização vista e vivida por dentro.

Ir para página do livro chevron_right
12º

Sobre a gestação e destino das culturas, classes e estruturas de poder nos diferentes Brasis: o sertanejo, o crioulo, o caboclo, o caipira e o sulino.

Ir para página do livro chevron_right
19º

As estruturas arcaicas do coronelismo e seus representantes passaram a operar no novo arranjo republicano, convertendo o controle de terras e de trabalhadores rurais em um domínio político mais amplo e moderno, baseado no controle de votos de cabresto.

Ir para página do livro chevron_right
33º

A escravidão nas ocupações urbanas é pouco conhecida, ensinada e aprendida no Brasil. A passagem da senzala para o escravismo de ganho é uma mudança aguda no sistema de produção e consumo do país que não pode ser deixada de lado.

Ir para página do livro chevron_right
33º

Ficção, mostra as relações entre o mundo dos negros e a cidade, a presença da cultura africana, os componentes mágicos e as hierarquias subentendidas nos cultos aos orixás e encantados.

Ir para página do livro chevron_right
50º

Para quem gosta e para quem não gosta de futebol, o livro mostra o sentido desse esporte na alma brasileira, o preconceito e o racismo presente desde muito.

Ir para página do livro chevron_right
50º

Tupinambás e tupiniquins, portugueses e franceses em luta permanente num país que sequer ainda existia. Estamos no começo da história do Brasil, talvez antes. Exatamente onde podemos nos ver sem disfarce, nossa antropofagia, nossa intolerância, nosso presente que matou o passado, despreocupado com o futuro.

Ir para página do livro chevron_right
95º

Sobre a formação da cultura religiosa brasileira popular, representada sobretudo pelo catolicismo rústico e seus desdobramentos em movimentos milenaristas e messiânicos, como os episódios de Canudos e do Contestado.

Ir para página do livro chevron_right
95º

Verdadeira ponte entre as costas da África e do Brasil, construída em livro de fotografias e textos, mostra definitivamente as raízes culturais negras do Brasil. Indispensável para se entender a contribuição africana à cultura brasileira (religiosa e não religiosa). Mais que livro, é uma comprovação empírica sobre uma das fontes importantes da nossa formação.

Ir para página do livro chevron_right

Indicações fora da lista

Através do imperador, o que se vê é o império, decadente antes de atingir a glória, a impossibilidade do regime, e a possibilidade do despertar ou não de outro mundo.

A abolição excluiu os negros das oportunidades ocupacionais, e os libertos pela lei perderam terreno facilmente para os imigrantes europeus. Não em certas artes, em certos espaços em que o talento e a arte do negro eram insubstituíveis.

Na contramão dos grandes ensaios clássicos que tratam da formação econômica e social do Brasil sob o capitalismo, as relações sociais e econômicas reveladas no livro constituem uma chave atual para se entender por que caminhos contraditórios o país se meteu.

A Igreja Católica, no fundo, nunca soube o que fazer diante do avanço capitalista, sobretudo nos países pobres e em acelerada mudança cultural e social. Mas nunca desistiu de tentar.

O escravismo, visto como sistema além da compra e venda, modela o Brasil em construção como parte da Europa, alimentando e direcionando a formação da população, da economia e da sociedade política.