Trata-se de um ensaio fundador, tanto do ensaísmo social brasileiro, quanto da análise crítica do patrimonialismo e das práticas sociopolíticas que persistem até hoje no Brasil.

Um ensaio seminal de análise política, cuja leitura se tornou ainda mais valiosa, neste momento de defesa espúria e reacionária do retorno do voto impresso no Brasil.

Analisa de forma criteriosa, ainda que heterodoxa — e deixo claro que heterodoxia para mim é uma virtude, não uma deficiência de visão — os fundamentos econômicos da formação brasileira, sobre os quais desenvolveram-se nossa sociedade e nosso sistema político. Um clássico que abriu caminhos proveitosos para as análises histórico-econômicas do desenvolvimento brasileiro que se valeram de seu legado.

Um estudo fundacional da sociologia política brasileira. A investigação de Maria Sylvia lança as primeiras luzes sobre os processos de dominação política no Brasil, firmemente ancorados em relações sociais. Desta forma, o patrimonialismo, o personalismo, o clientelismo são revelados a partir de uma perspectiva histórico-estrutural que se contrapõe às análises institucionalistas, muito em voga hoje, que desconsideram as bases sociais da democracia e do autoritarismo; da injustiça e da desigualdade.