Um novo aperto de cinto

Por que o governo decidiu segurar suas despesas e aumentar impostos

A previsão do orçamento

Aprovado pelo Congresso no ano passado, o Orçamento previa para este ano queda das despesas e recuperação das receitas com o fim da recessão econômica. A previsão do governo era que o país cresceria 1,6%

 

Em % do PIB (Produto Interno Bruto)

19,4

19,8

18,7

Receita

Despesa

17,4

17,3

17,3

16

R$ 139 bi

A meta estabelecida pelo governo é reduzir o déficit para R$ 139 bilhões neste ano, o equivalente a 2% do PIB

A revisão das contas

A retomada da economia se mostra mais lenta do que o governo esperava e a previsão de crescimento abaixou para 0,5% no ano. Com isso, as receitas devem ser menores e as despesas permanecem elevadas

Previsão anterior

Rombo extra de R$ 58 bilhões

19,8

19,8

20

18,7

Receita

Despesa

17,3

17,3

16,9

16

R$ 197 bi

O resultado é um aumento do deficit previsto, de R$ 139 bilhões para R$ 197 bilhões, ou seja, quase 3% do PIB

Como o governo pretende cobrir o rombo

Para evitar que o deficit deste ano seja maior ainda do que o rombo de R$ 139 bilhões previsto no Orçamento, o governo decidiu aumentar impostos e bloquear recursos destinados a algumas despesas

R$ 197

bilhões

R$ 42,1 bilhões

contingenciamento de despesas, bloqueando o uso dos recursos

 

R$ 139

bilhões

R$ 10,1 bilhões

com a retomada de usinas hidrelétricas que a União disputava na Justiça

R$ 4,8 bilhões

receita adicional com o fim das desonerações que beneficiam empresas de vários setores

R$ 1,2 bilhão

receita adicional com o fim da isenção de IOF em operações de crédito com cooperativas de crédito

Por que é difícil cortar gastos

O cobertor é curto e a despesa com a Previdência é a que mais tem crescido

Despesas primárias da

União, em % do PIB

2016

2017

Previdência

8,1

8,4

Pessoal

4,2

4,1

0,9

Amparo ao trabalhador

0,9

0,8

Benefícios assistenciais

0,8

4,5

4,1

Despesas não

obrigatórias*

1,5

Outras despesas

obrigatórias

1,4

* Não considera o corte recém-promovido pelo governo

Fontes: Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Siga Brasil (sistema de acompanhamento orçamentário do Senado)

Um novo aperto de cinto

Por que o governo decidiu segurar suas despesas e aumentar impostos

Deficit previsto anteriormente

Previsão anterior

Rombo extra de R$ 58 bilhões

Nova previsão

A previsão do orçamento

Aprovado pelo Congresso no ano passado, o Orçamento previa para este ano queda das despesas e recuperação das receitas com o fim da recessão econômica. A previsão do governo era que o país cresceria 1,6%

 

Em % do PIB (Produto Interno Bruto)

19,4

19,8

18,7

R$ 139 bi

Receita

A meta estabelecida pelo governo é reduzir o déficit para R$ 139 bilhões neste ano, o equivalente a 2% do PIB

Despesa

17,4

17,3

17,3

16

A revisão das contas

A retomada da economia se mostra mais lenta do que o governo esperava e a previsão de crescimento abaixou para 0,5% no ano. Com isso, as receitas devem ser menores e as despesas permanecem elevadas

20

19,8

19,8

18,7

R$ 197 bi

Receita

O resultado é um aumento do deficit previsto, de R$ 139 bilhões para R$ 197 bilhões, ou seja, quase 3% do PIB

Despesa

17,3

17,3

16,9

16

Como o governo pretende cobrir o rombo

Para evitar que o deficit deste ano seja maior ainda do que o rombo de R$ 139 bilhões previsto no Orçamento, o governo decidiu aumentar impostos e bloquear recursos destinados a algumas despesas

R$ 197

bilhões

R$ 42,1 bilhões

contingenciamento de despesas, bloqueando o uso dos recursos

 

R$ 139

bilhões

R$ 10,1 bilhões

com a retomada de usinas hidrelétricas que a União disputava na Justiça

R$ 4,8 bilhões

receita adicional com o fim das desonerações que beneficiam empresas de vários setores

R$ 1,2 bilhão

receita adicional com o fim da isenção de IOF em operações de crédito com cooperativas de crédito

Por que é difícil cortar gastos

O cobertor é curto e a despesa com a Previdência é a que mais tem crescido

Despesas primárias da

União, em % do PIB

2016

2017

Previdência

8,1

8,4

Pessoal

4,2

4,1

0,9

Amparo ao trabalhador

0,9

0,8

Benefícios assistenciais

0,8

4,5

4,1

Despesas não

obrigatórias*

1,5

Outras despesas

obrigatórias

1,4

* Não considera o corte recém-promovido pelo governo

Fontes: Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Siga Brasil (sistema de acompanhamento orçamentário do Senado)