Quais os resultados
Quais os resultados?
23.dez.2019 - 02h00
Após mais de seis meses, o movimento pró-democracia conseguiu que o projeto de lei fosse removido, mas, por outro lado, nenhuma das outras quatro reivindicações dos ativistas foi atendida - o fim da classificação dos atos como revoltas, a soltura dos manifestantes presos, um tribunal independente para julgar a brutalidade da polícia e o direito de Hong Kong de eleger democraticamente seus líderes.
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Outro resultado foi sentido nas urnas: os candidatos pró-democracia conquistaram quase 90% dos assentos nas eleições para conselhos locais em 24 de novembro, que registraram a maior participação de eleitores -71% dos inscritos- desde que o pleito regional começou, em 1999. Essa votação é a mais próxima de uma eleição direta que existe no território.
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Mas a economia local tem sofrido: ela encolheu pela primeira vez em dez anos, o que fez com que o governo liberasse uma verba de US$ 3,2 bilhões de dólares para estimular pequenas e médias empresas. Há uma queda acentuada no turismo e no comércio em função dos protestos, e novembro teve uma semana com baixa de 24,3% nas vendas do comércio, a maior queda da história. Marcas de luxo também sentem os efeitos: em redes como o conglomerado francês LVMH -que reúne marcas como Louis Vuitton e Hennessy- a perda foi de 25% no faturamento no terceiro trimestre.
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Embora os protestos estejam diminuindo em frequência e número de participantes, os ativistas seguem sua luta -eles conseguiram que a comunidade internacional fique de olho em como o dirigente chinês, Xi Jinping, lidará com a questão em 2020.