Os gargalos da assistência à saúde no SUS
Como deveria funcionar
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Equipes de saúde da família são a porta de entrada do paciente no SUS e coordena todos níveis de cuidados. Médico divide com a enfermagem atendimentos de pacientes de baixo risco. Pacientes acamados são atendidos em casa. Agentes de saúde família cadastram os moradores e fazem visitas domiciliares dando orientações. Pacientes graves ou com queixas mais complicadas são encaminhados a especialistas ou diretamente a hospitais
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Pacientes passam por consultas com especialistas e fazem exames necessários . Depois do atendimento, paciente volta para ser acompanhado pela equipe de medicina de família. Pacientes graves ou com queixas mais complicadas são encaminhados a especialistas ou diretamente a hospitais.Se precisar de uma cirurgia ou de outro procedimento, é encaminhado a hospitais da atenção secundária ou da terciária, dependendo do grau de complexidade. Depois do atendimento, paciente volta para ser acompanhado pela equipe de medicina de família
Ambulatórios, laboratórios e hospitais regionais
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Pacientes encaminhados pela atenção secundária fazem cirurgias eletivas (programadas). Pacientes com sintomas agudos, como infarto, ou vítimas de acidentes, tiros e quedas entram direto pela emergência. Depois da alta, paciente volta a ser acompanhado pela equipe de saúde da família da sua região
Pacientes sem chances de cura ou com problemas que demandam longo tempo de recuperação (politraumatizados, por ex.) são encaminhados para unidades de saúde específicas, que oferecem cuidados adequados
As informações entre as diferentes etapas são integradas permitindo diagnósticos e tratamentos mais efetivos
Como funciona hoje**
No SUS, há várias portas de entrada no sistema, como equipes de saúde da família e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que não se conversam. Pacientes passam por vários lugares sem que ninguém coordene os cuidados
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Equipes estão sobrecarregadas, unidades têm estruturas precárias, há falta de medicamentos e exames. Pacientes graves ou com queixas mais complicadas são encaminhados a especialistas ou diretamente a hospitais. A desorganização e a baixa eficiência da atenção primária leva a uma sobrecarga dos ambulatórios de especialidades (atenção secundária) e das emergências dos hospitais (atenção terciária). Pacientes acamados são atendidos em casa
Unidades de Saúde
Assistências médico ambulatoriais
Equipes de saúde da família
Ambulatórios, laboratórios e hospitais regionais
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Pacientes que poderiam ter queixas resolvidas na atenção primária disputam vagas dos especialistas com os doentes mais graves, o que atrasa o diagnóstico e posterga o tratamento. Há disputa também por exames que poderiam ser feitos na atenção primária. Hospitais pequenos não conseguem resolver os problemas. Sem coordenação dos cuidados, pacientes passam por diferentes especialistas, com repetição de exames e sem avaliação integrada do caso
Hospitais
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Sem confiar na atenção primária e com falta de vaga com especialistas, pacientes procuram as emergências, sobrecarregando-as. Sem poder encaminhar pacientes para unidades de cuidado paliativo, de transição ou de longa permanência, hospitais estão superlotados e demoram dias e até meses para agendar cirurgias. Paciente que passa hoje pelo hospital não é orientado a continuar seus cuidados na atenção primária
Sem integração de informações entre os diferentes cuidados, não há avaliação global do paciente
* Como funciona em países com sistemas universais de saúde, como a Inglaterra. ** Há muitas diferenças regionais; o funcionamento foi descrito por especialistas da área
Os gargalos da assistência à saúde no SUS
Pacientes com diferentes
graus de queixa
Como deveria funcionar
Pacientes acamados são atendidos em casa
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Equipes de saúde da família são a porta de entrada do paciente no SUS e coordena todos níveis de cuidados. Médico divide com a enfermagem atendimentos de pacientes de baixo risco
Agentes de saúde família cadastram os moradores e fazem visitas domiciliares dando orientações
Unidades de saúde
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Pacientes passam por consultas com especialistas e fazem exames necessários
Pacientes graves ou com queixas mais complicadas são encaminhados a especialistas ou diretamente a hospitais
Depois do atendimento, paciente volta para ser acompanhado pela equipe de medicina de família
Ambulatórios, laboratórios e hospitais regionais
Se precisar de uma cirurgia ou de outro procedimento, é encaminhado a hospitais da atenção secundária ou da terciária, dependendo do grau de complexidade
Vítimas com sintoma agudo procuram o pronto-socorro
Depois da alta, paciente volta a ser acompanhado pela equipe de saúde da família da sua região
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Pacientes encaminhados pela atenção secundária fazem cirurgias eletivas (programadas)
Pacientes com sintomas agudos, como infarto, ou vítimas de acidentes, tiros e quedas entram direto pela emergência
Hospitais
Pacientes sem chances de cura ou com problemas que demandam longo tempo de recuperação (politraumatizados, por ex.) são encaminhados para unidades de saúde específicas, que oferecem cuidados adequados
As informações entre as diferentes etapas são integradas permitindo diagnósticos e tratamentos mais efetivos
Unidades de cuidados paliativos, de transição ou de longa permanência
No SUS, há várias portas de entrada no sistema, como equipes de saúde da família e UBSs (Unidades Básicas de Saúde) que não se conversam. Pacientes passam por vários lugares sem que ninguém coordene os cuidados
Pacientes com diferentes
graus de queixa
Como funciona hoje**
Pacientes acamados são atendidos em casa
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Equipes estão sobrecarregadas, unidades têm estruturas precárias, há falta de medicamentos e exames. Pacientes graves ou com queixas mais complicadas são encaminhados a especialistas ou diretamente a hospitais
A desorganização e a baixa eficiência da atenção primária leva a uma sobrecarga dos ambulatórios de especialidades (atenção secundária) e das emergências dos hospitais (atenção terciária)
Unidades de Saúde
Assistências médico ambulatoriais
Equipes de saúde da família
ATENÇÃO SECUNDÁRIA
Pacientes que poderiam ter queixas resolvidas na atenção primária disputam vagas dos especialistas com os doentes mais graves, o que atrasa
o diagnóstico e posterga o tratamento
Há disputa também por exames que poderiam ser feitos na atenção primária. Hospitais pequenos não conseguem resolver os problemas
Ambulatórios, laboratórios e hospitais regionais
Sem coordenação dos cuidados, pacientes passam por diferentes especialistas, com repetição de exames e sem avaliação integrada do caso
Pacientes com sintomas agudos, como infarto, ou vítimas de acidentes, tiros e quedas entram direto pela emergência
ATENÇÃO TERCIÁRIA
Sem confiar na atenção primária e com falta de vaga com especialistas, pacientes procuram as emergências, sobrecarregando-as
Hospitais
Sem poder encaminhar pacientes para unidades de cuidado paliativo, de transição ou de longa permanência, hospitais estão superlotados e demoram dias e até meses para agendar cirurgias
Sem integração de informações entre os diferentes cuidados, não há avaliação global do paciente
Paciente que passa hoje pelo hospital não é orientado a continuar seus cuidados na atenção primária
* Como funciona em países com sistemas universais de saúde, como a Inglaterra. ** Há muitas diferenças regionais; o funcionamento foi descrito por especialistas da área
Folha