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Entenda a disputa sobre o Orçamento

O que são as emendas parlamentares

As emendas são partes do Orçamento cujo

destino é definido pelos congressistas

(individualmente ou em grupos), e não pelo

governo federal

1

Exemplo: em 2019, R$ 127 milhões de emendas

foram destinados pelos parlamentares gaúchos a

176 instituições de saúde no Rio Grande do Sul

O conflito

A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020

aprovada pelo Congresso determinava que

emendas parlamentares das comissões e

aquelas feitas pelo relator seriam

obrigatoriamente pagas pelo Executivo, o que

não acontecia antes. Há também as emendas

das bancadas e as individuais

2

Os congressistas poderiam ainda determinar a

ordem de prioridade em que as despesas seriam

executadas. O governo teria 90 dias para empenhar

os valores (deixar os recursos reservados)

Controle

Caberia aos parlamentares definir o destino

de R$ 46,2 bilhões, o que representa cerca

de 34% do valor que o Executivo tem para

gastar em despesas não obrigatórias (gastos

de custeio, como manutenção de prédios, e

investimentos, como obras)

3

Tipo de despesa,

em R$ bilhões

1.620,5

(92%)

Não obrigatórias

136,8 (8%)

Obrigatórias

(ex: salário de servidores)

Despesas não obrigatórias,

em R$ bilhões

90,6

(66%)

46,2

(34%)

De emendas

parlamentares

Do Executivo

Emendas previstas

pelo Orçamento

Em R$ bilhões

Do relator

Individuais

De bancadas

De comissões mistas

30,1

9,5

5,9

0,7

O veto

Bolsonaro vetou o item da lei que tornava

obrigatória a execução de R$ 30,8 bilhões de

emendas previstas pelas comissões e pelo

relator da LDO, tirando parte do poder do

Legislativo sobre o Orçamento. O Congresso,

por sua vez, ameaçou derrubar o veto

4

Despesas não obrigatórias,

em R$ bilhões

106

(77%)

Emendas do

relator e de

comissões mistas

30,8

(23%)

Demais emendas e

gastos do Executivo

Divisão dos R$ 30,1 bi planejados pelo relator

Em R$ bilhões

Agricultura

Ministério da Cidadania

Ministério da Infraestrutura

Ministério da Educação

Ministério da Saúde

Min. do Desenvolvimento

Outros

1,4

1,7

1,7

3,5

8

8,3

5,5

O que foi negociado

O governo propôs ao Congresso manter sob

domínio dos parlamentares R$ 15 bilhões

(R$ 10 bilhões para a Câmara e R$ 5 bilhões

para o Senado) e retomar o controle sob o

destino do restante. A proposta, que foi

enviada em forma de projetos de lei que

regulamentam o Orçamento, dá ao Executivo

autonomia para contingenciar o valor nas

mãos do Parlamento conforme necessidade

fiscal. Nesta quarta (4), o Legislativo decidiu

manter o veto de Bolsonaro, sinalizando que

aceitou o acordo. Na semana que vem, haverá

a análise dos projetos de lei

 

5

Fontes: LDO e LOA

Entenda a disputa sobre o Orçamento

O que são as emendas parlamentares

As emendas são partes do Orçamento cujo destino é definido pelos congressistas (individualmente ou em grupos), e não pelo governo federal

1

Exemplo: em 2019, R$ 127 milhões de emendas foram destinados pelos parlamentares gaúchos a 176 instituições de saúde no Rio Grande do Sul

O conflito

A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 aprovada pelo Congresso determinava que emendas parlamentares das comissões e aquelas feitas pelo relator seriam obrigatoriamente pagas pelo Executivo, o que não acontecia antes. Há também as emendas das bancadas e as individuais

2

Os congressistas poderiam ainda determinar a ordem de prioridade em que as despesas seriam executadas. O governo teria 90 dias para empenhar os valores (deixar os recursos reservados)

Controle

Caberia aos parlamentares definir o destino de R$ 46,2 bilhões, o que representa cerca de 34% do valor que o Executivo tem para gastar em despesas não obrigatórias (gastos de custeio, como manutenção de prédios, e investimentos, como obras)

3

Tipo de despesa,

em R$ bilhões

1.620,5

(92%)

Não obrigatórias

136,8 (8%)

Obrigatórias

(ex: salário

de servidores)

Despesas não obrigatórias,

em R$ bilhões

90,6

(66%)

46,2

(34%)

De emendas

parlamentares

Do Executivo

Emendas previstas pelo Orçamento

Em R$ bilhões

Do relator

Individuais

De bancadas

De comissões mistas

30,1

9,5

5,9

0,7

O veto

Bolsonaro vetou o item da lei que tornava obrigatória a execução de R$ 30,8 bilhões de emendas previstas pelas comissões e pelo relator da LDO, tirando parte do poder do Legislativo sobre o Orçamento. O Congresso, por sua vez, ameaçou derrubar o veto

4

Despesas não obrigatórias,

em R$ bilhões

106

(77%)

Emendas do

relator e de

comissões mistas

30,8

(23%)

Demais emendas e

gastos do Executivo

Divisão dos R$ 30,1 bi planejados pelo relator

Em R$ bilhões

Agricultura

Ministério da Cidadania

Ministério da Infraestrutura

Ministério da Educação

Ministério da Saúde

Min. do Desenvolvimento

Outros

1,4

1,7

1,7

3,5

8

8,3

5,5

O que foi negociado

O governo propôs ao Congresso manter sob domínio dos parlamentares R$ 15 bilhões

(R$ 10 bilhões para a Câmara e R$ 5 bilhões para o Senado) e retomar o controle sob o destino do restante. A proposta, que foi enviada em forma de projetos de lei que regulamentam o Orçamento, dá ao Executivo autonomia para contingenciar o valor nas mãos do Parlamento conforme necessidade fiscal. Nesta quarta (4), o Legislativo decidiu manter o veto de Bolsonaro, sinalizando que aceitou o acordo. Na semana que vem, haverá a análise dos projetos de lei

 

5

Fontes: LDO e LOA

Folha