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Entenda como agiu o ‘gabinete paralelo’ na pandemia

Gabinete

paralelo

Bolsonaro alinhou seu modelo de falas e postura à do gabinete paralelo

Governo definiu uma

linha contra a vacina e

de incentivo a cloroquina

e outros remédios

sem eficácia

Governo ficou sem um ministro da Saúde de fato e, assim, falhou na crise do Amazonas

Bolsonaro alinhou seu modelo de falas e postura à do gabinete paralelo

Presidente fez um post por semana nas redes sociais em defesa do ‘tratamento precoce’ desde o início da pandemia. Chegou a citar a médica Nise Yamaguchi para defender medicamentos sem eficácia comprovada

 

Ao anunciar que contraiu Covid-19, em julho do ano passado, disse que tomou hidroxicloroquina durante o tratamento

 

O presidente se recusa a tomar a vacina contra Covid-19 e disse que a imunização não deve ser obrigatória. Nas postagens de alguns médicos que participaram de reuniões no Planalto, eles defendem que a pessoa tenha o direito de não se vacinar e colocam em xeque a qualidade de vacinas dizendo que “podem resultar em mais efeitos danosos do que em benefícios”

 

O presidente é contrário ao uso de máscara e gera aglomeração por onde passa. O deputado Osmar Terra (MDB-RS) é umas das vozes mais contundentes contra o distanciamento social dentro do governo e minimizou a pandemia diversas vezes

Governo definiu uma linha contra a vacina e de incentivo a cloroquina e outros remédios sem eficácia

Bolsonaro postou nas redes sociais, em março do ano passado, que tinha decidido com o até então ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva ampliar a fabricação da hidroxicloroquina nos laboratórios químicos e farmacêuticos do Exército

 

Após essa postagem de Bolsonaro, a corrida do Itamaraty atrás da cloroquina começou. Até novembro de 2020, o ex-chanceler Ernesto Araújo não havia enviado instruções para diplomatas prospectarem potenciais fornecedores de vacinas ou medicamentos na China

 

O governo Bolsonaro mobilizou pelo menos cinco ministérios, uma estatal, dois conselhos da área econômica, Exército e Aeronáutica para distribuir cloroquina pelo país

 

Em outubro, Bolsonaro havia desautorizado o até então ministro da Saúde Eduardo Pazuello a comprar 46 milhões de doses da Coronavac

 

O contrato com a Pfizer só foi assinado em março deste ano, sendo que o primeiro contato da farmacêutica com o governo federal ocorreu em março de 2020. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foram 81 emails encaminhados pela empresa, sendo que somente cerca de 10% foram respondidos

 

Em depoimento à CPI da Covid, o coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo da Saúde, reconheceu que o governo federal adotou o tratamento precoce como estratégia principal para o enfrentamento da pandemia, com o “medicamento que o médico julgar oportuno”

 

Em depoimento à CPI, Élcio também colocou vários empecilhos para adquirir vacinas. Disse que não fechou contrato com o Instituto Butantan em 2020 porque o imunizante estava na fase 3, considerada o cemitério das vacinas. Em relação à Pfizer, justificou cláusulas do contrato, armazenamento e até a pouca disponibilidade de gelo seco, quando a empresa apresentou uma caixa térmica que controlava a temperatura do imunizante e facilitaria o transporte

Governo ficou sem um ministro da Saúde de fato e, assim, falhou na crise do Amazonas

À CPI da Covid Pazuello foi confrontado com um documento oficial que mostrava que ele teria sido informado sobre o problema de oxigênio em Manaus em 7 de janeiro. Ele afirmou que conversou sobre o tema, mas manteve a versão de que só ficou sabendo do problema em 10 de janeiro

 

A Folha revelou também que foram enviados ofícios, assinados pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), com alertas de escassez de oxigênio e pedidos urgentes de ajuda a Pazuello em 9 de janeiro

 

À CPI Pazuello disse que a responsabilidade pela aquisição dos insumos e suprimento dos cilindros de oxigênio era do governo local e também culpou a empresa fornecedora pelo problema

 

Trocas de emails internos do Ministério da Saúde apontam uma mobilização da pasta para deixar pronto, com urgência, o acesso ao aplicativo TrateCov, que recomendava cloroquina, ivermectina e azitromicina de forma indiscriminada a pacientes

Entenda como agiu o ‘gabinete paralelo’ na pandemia

Gabinete

paralelo

Bolsonaro alinhou seu modelo de falas e postura à do gabinete paralelo

Governo definiu uma linha contra a vacina e de incentivo a cloroquina e outros remédios sem eficácia

Governo ficou sem um ministro da Saúde de fato e, assim, falhou na crise do Amazonas

Bolsonaro alinhou seu modelo de falas e postura à do gabinete paralelo

Presidente fez um post por semana nas redes sociais em defesa do ‘tratamento precoce’ desde o início da pandemia. Chegou a citar a médica Nise Yamaguchi para defender medicamentos sem eficácia comprovada

 

Ao anunciar que contraiu Covid-19, em julho do ano passado, disse que tomou hidroxicloroquina durante o tratamento

 

O presidente se recusa a tomar a vacina contra Covid-19 e disse que a imunização não deve ser obrigatória. Nas postagens de alguns médicos que participaram de reuniões no Planalto, eles defendem que a pessoa tenha o direito de não se vacinar e colocam em xeque a qualidade de vacinas dizendo que “podem resultar em mais efeitos danosos do que em benefícios”

 

O presidente é contrário ao uso de máscara e gera aglomeração por onde passa. O deputado Osmar Terra (MDB-RS) é umas das vozes mais contundentes contra o distanciamento social dentro do governo e minimizou a pandemia diversas vezes

Governo definiu uma linha contra a vacina e de incentivo a cloroquina e outros remédios sem eficácia

Bolsonaro postou nas redes sociais, em março do ano passado, que tinha decidido com o até então ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva ampliar a fabricação da hidroxicloroquina nos laboratórios químicos e farmacêuticos do Exército

 

Após essa postagem de Bolsonaro, a corrida do Itamaraty atrás da cloroquina começou. Até novembro de 2020, o ex-chanceler Ernesto Araújo não havia enviado instruções para diplomatas prospectarem potenciais fornecedores de vacinas ou medicamentos na China

 

O governo Bolsonaro mobilizou pelo menos cinco ministérios, uma estatal, dois conselhos da área econômica, Exército e Aeronáutica para distribuir cloroquina pelo país

 

Em outubro, Bolsonaro havia desautorizado o até então ministro da Saúde Eduardo Pazuello a comprar 46 milhões de doses da Coronavac

 

O contrato com a Pfizer só foi assinado em março deste ano, sendo que o primeiro contato da farmacêutica com o governo federal ocorreu em março de 2020. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foram 81 emails encaminhados pela empresa, sendo que somente cerca de 10% foram respondidos

 

Em depoimento à CPI da Covid, o coronel Élcio Franco, ex-secretário-executivo da Saúde, reconheceu que o governo federal adotou o tratamento precoce como estratégia principal para o enfrentamento da pandemia, com o “medicamento que o médico julgar oportuno”

 

Em depoimento à CPI, Élcio também colocou vários empecilhos para adquirir vacinas. Disse que não fechou contrato com o Instituto Butantan em 2020 porque o imunizante estava na fase 3, considerada o cemitério das vacinas. Em relação à Pfizer, justificou cláusulas do contrato, armazenamento e até a pouca disponibilidade de gelo seco, quando a empresa apresentou uma caixa térmica que controlava a temperatura do imunizante e facilitaria o transporte

Governo ficou sem um ministro da Saúde de fato e, assim, falhou na crise do Amazonas

À CPI da Covid Pazuello foi confrontado com um documento oficial que mostrava que ele teria sido informado sobre o problema de oxigênio em Manaus em 7 de janeiro. Ele afirmou que conversou sobre o tema, mas manteve a versão de que só ficou sabendo do problema em 10 de janeiro

 

A Folha revelou também que foram enviados ofícios, assinados pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), com alertas de escassez de oxigênio e pedidos urgentes de ajuda a Pazuello em 9 de janeiro

 

À CPI Pazuello disse que a responsabilidade pela aquisição dos insumos e suprimento dos cilindros de oxigênio era do governo local e também culpou a empresa fornecedora pelo problema

 

Trocas de emails internos do Ministério da Saúde apontam uma mobilização da pasta para deixar pronto, com urgência, o acesso ao aplicativo TrateCov, que recomendava cloroquina, ivermectina e azitromicina de forma indiscriminada a pacientes

Folha