Descrição de chapéu

Conheça desafios da São Silvestre e dicas para a prova

Levantamento com dados de 4.493 corredores do aplicativo Strava mostra que o rendimento cai fortemente no km 6, no viaduto de acesso à av. Rio Branco

A 95ª Corrida Internacional de São Silvestre percorre, nesta terça-feira (31), pontos emblemáticos de São Paulo, a começar pela largada, na avenida Paulista. Aos longos dos seus 15 km, passa pelo estádio do Pacaembu, cruzamento da Ipiranga com a São João, praça da República e avenida Brigadeiro Luís Antônio até voltar para a Paulista.

Todo esse trajeto é composto não só de pontos turísticos da capital, mas também de locais que merecem atenção de quem vai correr a São Silvestre.

Em levantamento com dados do aplicativo de esporte Strava da edição 2018, em que foram analisadas informações de 4.493 corredores de um total de cerca de 30 mil, o rendimento cai fortemente no km 6, no viaduto que dá acesso à avenida Rio Branco.

Especialista em corrida de rua, Wanderlei Oliveira destaca que uma estratégia adequada é a que o atleta controla o ritmo nos cinco primeiros quilômetros, imprime uma boa velocidade até o km 13 e tem um bom treinamento que o leve a chegar com força e resistência nos dois quilômetros finais. Acompanhe o percurso e as dicas do treinador:

DISTÂNCIA

0

ALTITUDE

860

VELOCIDADE

ELES

ELAS

km/h

10

9

8

7

6

A prova começa próximo ao Conjunto Nacional, na av. Paulista. Esse é um dos pontos mais altos da cidade, a cerca de 860 metros de altitude

Saindo da av. Dr. Arnaldo, começa uma descida íngreme de 100 metros pelos próximos dois quilômetros. O corredor precisa ficar atento pois, num desnível como esse, cada perna chega a ter o impacto de três vezes o peso do atleta. Uma velocidade muito alta pode deixar o corredor sem condições para continuar após terminar a descida

O viaduto eng. Orlando Murgel, no km 6, é uma subida pouco íngreme, mas longa. É o primeiro ponto de “quebra” do corredor —quando o ritmo diminui

Nos próximos três quilômetros, o atleta vai percorrer as ruas do centro de São Paulo em zigue-zague, o que leva a uma quebra muito grande do ritmo, tanto para os atletas de elite quanto para os amadores

As ruas do centro, por terem muito tráfego de ônibus, têm o asfalto mais desnivelado, o que exige atenção especial do corredor para evitar torções

A subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio é um ponto de alta inclinação, embora menos íngreme do que costuma se imaginar. São quase dois quilômetros, mas com uma elevação de 30 metros. O que pesa são as condições do corredor quando se chega à avenida, após 13 km de prova

A prova termina retornando à av. Paulista, em frente ao prédio da Gazeta