“Por aqui até o ar tá triste, você repara?” - Cotidiano - Folha de S.Paulo | Memórias do Feijão

“Por aqui até o ar tá triste, você repara?”

6.jul.2019 às 20h41

O capixaba Noé Henrique de Oliveira apareceu no Córrego do Feijão em 1987. Já trazendo na mala alguns anos de experiência em obras, Noé não teve dificuldade para conseguir emprego.

Em 2015, Noé sofreu um derrame e teve que aposentar sua vida de pedreiro.

Olhando para o quintal de sua casa ele diz: “ Aqui eu casei, criei meu filhos tudo. E no final da história aqui era um lugar feliz”. Rodrigo, seu terceiro filho, trabalhava para a Vale e na sexta-feira do dia 25 de janeiro ele estava em serviço. Noé ainda não teve coragem de ir olhar a lama de perto.

Dona Cota, que se tornou sua esposa e mãe dos seus 4 filhos, esperava seu primeiro quando partiu com Noé rumo a Rondônia na promessa de emprego e ascensão social. A falta de sorte e dinheiro fez com que Cota voltasse para ter o filho perto da família. Noé ficou em Ji-Paraná na expectativa de uma resposta de emprego: