“Isso aqui eles podem folhear a ouro que nada vai apagar o que aconteceu. Nunca mais.”
6.jul.2019 às 20h41
Goiano da cidade de Ceres, Tico, como é conhecido entre os moradores, chegou no Córrego do Feijão quando completava 17 anos. Casou, se estabeleceu e, hoje em dia, se considera filho do Córrego do Feijão. Ex-funcionário da Vale desde de 2003, Tico virou membro da associação de Moradores.
Quatro anos antes do desastre ambiental de Brumadinho, a barragem de Mariana - MG se rompeu. Nessa época Tico concedeu uma entrevista para a Rede Minas de televisão falando do perigo e da preocupação dos moradores com as barragens da cidade. Descreveu também a possível rota da lama, que se tornou real 4 anos depois. Ele relembra que "quando chegamos lá, já estava tudo soterrado, só via gente gritando, pedindo socorro na lama". Tico acusa a empresa Vale de saber dos riscos e mesmo assim não fazer nada para impedir.